Durante as sessões de mídia do Grande Prêmio de São Paulo de 2024, com a presença do F1Mania.net, o piloto brasileiro e reserva da Aston Martin, Felipe Drugovich, abordou sua trajetória até a Fórmula 1 e discutiu as vantagens e desvantagens de integrar academias de pilotos desde cedo. Drugovich, que optou por se manter fora dessas academias, explicou sua escolha e compartilhou reflexões sobre o impacto dessa decisão em sua carreira e na busca por uma vaga de titular na principal categoria do automobilismo.
Drugovich destacou que sua opção de se manter independente de academias de jovens pilotos foi intencional, visando ter maior controle sobre seu futuro e liberdade para decidir em qual equipe gostaria de competir. Ele argumenta que, ao evitar uma ligação prematura com uma academia, pôde traçar um caminho mais flexível até a Fórmula 1. “Sempre me mantive desconectado de academia de pilotos justamente para chegar nesse ponto e conseguir escolher onde eu ia,” afirmou Drugovich, acrescentando que essa escolha o permite avaliar melhor as oportunidades que surgem.
Essa abordagem reflete uma filosofia menos comum na Fórmula 1 moderna, onde muitos pilotos se vinculam cedo a academias que promovem seu desenvolvimento. Drugovich, no entanto, acredita que sua independência o ajudou a alcançar um estágio competitivo na Fórmula 2 e garantir sua posição como reserva na Aston Martin, uma das vagas que representam passos decisivos na construção de sua carreira rumo a um posto de titular.
O brasileiro comentou sobre os novatos do ano que vem, todos vindo de Academias de Pilotos. Apesar disso, Drugovich não se arrepende das escolhas que fez. Perguntado sobre isso, Drugovich disse não ter arrependimentos de sua escolha e que ainda sonha com uma vaga na Fórmula 1.
O piloto brasileiro também ponderou sobre os riscos que as academias de pilotos impõem aos jovens talentos, especialmente devido aos contratos baseados em resultados. Segundo Drugovich, esses acordos podem limitar as oportunidades de um piloto que não atenda rapidamente às expectativas de uma equipe. “Acho que também é um risco… estar fechado com uma equipe sem saber o que vai acontecer desde muito cedo,” explicou ele, apontando para a instabilidade que contratos baseados em resultados podem trazer para a carreira de um piloto.
Apesar de sua posição como piloto de reserva, Drugovich é claro sobre seu objetivo final: tornar-se piloto principal na Fórmula 1. Ele reconhece que estar em uma posição de reserva é uma realização significativa, mas reforça que busca estar na disputa direta como titular. “Logicamente não é onde eu quero estar, quero ser piloto principal,” afirmou, deixando claro que considera a reserva um estágio transitório em sua busca por um lugar definitivo na F1.
O F1MANIA.NET acompanha o GP de São Paulo ‘in loco’ com os jornalistas Gabriel Gavinelli, Kadu Gouvêa e Nathalia De Vivo.