Algumas equipes de F1 possuem sua academia de pilotos júniores, na qual tentam preparar os pilotos mais jovens das categorias de base para a F1. No entanto, essas academias foram colocadas em questão já que, seus pilotos acabam quase nunca indo de fato para a categoria principal, muitas vezes por motivos financeiros, entre outros. Sendo assim, para que elas vão continuar existindo já que eles não usam seus pilotos de qualquer maneira?
A dança das cadeiras da F1 começou há algumas semanas, com a aposentadoria de Sebastian Vettel. Logo, Fernando Alonso foi anunciado como seu substituto, deixando uma vaga livre na Alpine. O assento da equipe francesa seria ocupado por Oscar Piastri, mas depois de problemas jurídicos, o australiano foi contratado e correrá pela McLaren em 2023. Assim, a vaga da Alpine continua livre.
Rumores indicam que Pierre Gasly é o favorito para ocupar o lugar ao lado de Esteban Ocon. Entretanto, a AlphaTauri precisa de alguém para substituir o piloto francês. Com a enorme academia de pilotos da Red Bull disponível, nenhum de seus jovens talentos é cogitado para a vaga, mas sim, Nyck De Vries, atual reserva da Mercedes. Desta forma, colocando em xeque a necessidade e real utilização da academia para jovens pilotos.
O lugar de Mick Schumacher na Haas também está em risco, pois nada sobre uma renovação foi confirmado ainda. E nomes de pilotos que já passaram pela categoria como, Nico Hulkenberg, foram levantados. Isso tira a chance de novos talentos chegarem à categoria. Além disso, Daniel Ricciardo também ainda está sem vaga para 2023. As vagas remanescentes no momento são uma na Alpine, uma na Haas, ao lado de Kevin Magnussen, e uma na Williams, ao lado de Alex Albon.
Existem muitas possibilidades para as vagas que ainda existem, mas dificilmente os nomes de pilotos júniores são citados, e quando são, geralmente não é como primeira opção. De Vries é um dos nomes mais citados no momento. Após sua estreia na F1 em Monza, diversas equipes já mostraram algum interesse no holandês. No momento, ele está com 28 anos, o que faria dele um dos estreantes mais velhos dos últimos tempos. A tabela de média de idades dos pilotos na F1 está cada vez mais baixa, e o reserva da Mercedes seria uma exceção ao caso.
Com Hamilton, Alonso, possivelmente Ricciardo, Hulkenberg e De Vries a média de idades passa a aumentar. Uma situação hipotética, mas que pode passar a ser uma realidade. Depois de ver a média caindo por vários anos, com a entrada de pilotos como Lando Norris, George Russell, Charles Leclerc, entre outros, parece que a média pode passar a aumentar. No entanto, o cenário mudaria caso mais pilotos das academias júniores passassem a ser contratados. Como por exemplo, o campeão da F2 este ano, o brasileiro, Felipe Drugovich, que fechou contrato como piloto de testes da Aston Martin, mas não conseguiu um assento titular na categoria para 2023.
A Red Bull possui muitos pilotos júniores na F2, a Mercedes tem seus pilotos júniores em diversas categorias do automobilismo. Mas até agora, apenas a McLaren contratou um novato, Piastri, vencedor da F2 em 2021 e piloto da academia júnior da Alpine, para um assento em 2023.