As equipes da Fórmula 1 estão descontentes com o calendário 2023 da categoria, que foi apresentado pela FIA no início desta semana. Aparentemente, as equipes foram pegas de surpresa pela divulgação do calendário recorde com 24 corridas na próxima temporada, que inclui uma cansativa rodada tripla, EUA-México-Brasil, o que teoricamente exigiria a aprovação formal das equipes.
Segundo o The Guardian, o calendário estava previsto para ser anunciado em 23 de setembro, mas a FIA decidiu unilateralmente divulgar o calendário de 2023 após uma reunião na última terça-feira do Conselho Mundial de Automobilismo, algo que irritou as equipes.
Mas o principal ponto de discórdia deste último é o fato de que a FIA não seguiu seu devido processo ao consultar as equipes sobre a rodada tripla.
Acredita-se que eles provavelmente teriam concordado com a jornada consecutiva de três corridas, mas ignorar o acordo fez pouco para amenizar a já tensa relação entre as equipes da F1, a FIA, e seu presidente, Mohammed Ben Sulayem.
Outro motivo para o descontentamento, é que a F1 planejava emitir comunicados de imprensa separados, antes da publicação do calendário 2023, para anunciar seu novo acordo com o GP de Mônaco, bem como a confirmação da data de seu primeiro GP em Las Vegas.
Em vez disso, a assessoria de imprensa da F1 foi forçada a redigir essas informações rapidamente, e publicá-las após a divulgação inesperada do calendário da próxima temporada.
Por fim, também houve bastante aborrecimento entre os membros da mídia em relação ao momento da publicação do calendário.
Os jornalistas dedicados à cobrir a categoria pessoalmente, normalmente recebem um aviso antecipado sobre o calendário, para permitir que eles negociem tarifas competitivas com hotéis locais para os finais de semana de corrida.
Mas a publicação surpresa do calendário de 2023, tirou sua capacidade de buscar acordos, e os deixou com hotéis ou pousadas que já aumentaram significativamente suas taxas para os finais de semana de corrida da F1 em 2023.