Uma das marcas negativas da Ferrari na temporada passada foi a falta de confiabilidade do SF-75. Charles Leclerc, por exemplo, precisou abandonar as provas na Espanha e no Azerbaijão por falhas no motor.
Agora, na primeira etapa de 2023, o monegasco deixou a corrida após 41 voltas. Sendo que a equipe havia trocado o armazenamento de energia e o controle eletrônico do SF-23 antes da corrida. Em conversa com Peter Windsor, jornalista britânico, Craig Scarborough, especialista técnico, analisou a situação dos italianos.
“Não há nada claro da Ferrari”, começou. “O que vimos é que o motor não pareceu explodir. Ele perdeu potência, o que é uma coisa diferente. O painel ainda estava aceso, então isso não significa que foi uma grande falha da bateria híbrida, o que muitas pessoas estão sugerindo.”
“Também, é bastante interessante uma mensagem que apareceu no volante quando o carro começou a ficar lento, ‘parada para reabastecimento’. Isso sugeriria um problema semelhante ao que Lando Norris estava tendo, que era no sistema dentro das válvulas”, explicou. “Isso pode ter acontecido apenas porque o motor estava desacelerando sem ignição e com combustível rodando, então honestamente não sabemos.”
Scarborough falou sobre a prova de Carlos Sainz. O espanhol enfrentou problemas de ritmo e degradação dos pneus com o SF-23, perdendo a última posição no pódio para Fernando Alonso.
“É preocupante que eles tenham potencialmente dois problemas – talvez conectados, talvez não – na primeira corrida”, acrescentou. “Obviamente, Carlos teve uma corrida mais limpa, mas também teve outros problemas com o carro.”
“Portanto, simplesmente não sabemos, mas problemas na unidade de potência serão uma grande preocupação para a Ferrari, tendo feito todo esse trabalho no ano passado e durante o inverno.”
“O carro não teve desempenho para realmente desafiar as Red Bulls de uma maneira significativa na classificação ou na corrida, e isso parece se resumir à traseira. Eles parecem sofrer na tração. Eles claramente sofreram com a degradação bastante alta dos pneus. Se eles querem lutar pelo campeonato, no momento você não vê como eles conseguiriam”, concluiu Craig Scarborough.