O GP do México 2024 trouxe momentos históricos para a Fórmula 1 e números impressionantes que prometem marcar a temporada. Com uma vitória de Carlos Sainz para a Ferrari, combinada com um desempenho difícil da Red Bull, a Scuderia italiana ultrapassou a equipe austríaca no campeonato de construtores, ficando agora atrás apenas da McLaren. Veja as estatísticas mais interessantes da corrida de 71 voltas no Autódromo Hermanos Rodríguez.
Carlos Sainz, que largou da pole, venceu pela segunda vez nesta temporada – sua primeira vitória foi na Austrália. Esta é a primeira vez que o piloto espanhol soma duas vitórias em um mesmo ano. Antes do GP do México, Sainz havia terminado no pódio no México, mas jamais no degrau mais alto. Curiosamente, ele se tornou o primeiro piloto hispanofalante a vencer em solo mexicano, na maior cidade de língua espanhola do mundo.
Lando Norris, da McLaren, conquistou o segundo lugar, garantindo o primeiro pódio da equipe britânica no México desde 1991, quando Ayrton Senna terminou em terceiro. Este foi o 19º pódio da McLaren em 2024, o maior número desde 2007, consolidando seu domínio nesta temporada e a liderança no campeonato de construtores, com 566 pontos. Norris, ao lado de Sainz e de Charles Leclerc, que completou o pódio em terceiro, quase levou a Ferrari a um segundo um-dois consecutivo – algo que não ocorre desde 2008.
Na Ferrari, Leclerc garantiu a volta mais rápida no final da prova, adicionando um ponto valioso para a equipe, agora segunda colocada no campeonato de construtores, com 537 pontos, a apenas 29 pontos da McLaren. Esta foi a segunda vez consecutiva que o monegasco terminou em terceiro no México, confirmando a competitividade da Ferrari no circuito.
A Mercedes teve uma performance sólida com Lewis Hamilton em quarto, embora tenha ficado fora do pódio pela primeira vez no México desde 2018. Seu companheiro de equipe, George Russell, terminou em quinto, assegurando seu terceiro top 6 consecutivo na Cidade do México. No entanto, a equipe alemã segue distante da luta pelo título, com 366 pontos no campeonato de construtores.
Max Verstappen, que venceu os três últimos GPs do México, teve uma prova complicada, terminando apenas em sexto. Foi a primeira vez desde a pausa de verão que o holandês ficou a mais de 19 segundos do vencedor – hoje, foram 59.558s. Mesmo assim, Verstappen mantém a liderança do campeonato de pilotos, com uma diferença de 47 pontos sobre Norris, a menor desde o GP de Mônaco em maio.
Para a Haas, o GP do México trouxe boas notícias, com Kevin Magnussen garantindo seu melhor resultado desde 2022 e a sétima posição, a melhor colocação da equipe americana no circuito mexicano. Nico Hulkenberg completou em nono, marcando pontos pela oitava vez no ano e fazendo da Haas uma das equipes a pontuar com ambos os carros pela terceira vez na temporada.
Na Alpine, Pierre Gasly somou mais um ponto, terminando em décimo e fechando o top 10. Este foi o sexto resultado nos pontos para Gasly em 2024, ajudando a Alpine a reduzir para apenas três pontos a diferença para a Williams no campeonato de construtores. Franco Colapinto, da Williams, chegou a registrar a volta mais rápida por 62 voltas, antes de ser superado por Leclerc, finalizando em 12º.
O GP do México também teve momentos desafiadores. Sergio Pérez, da Red Bull, terminou em 17º em sua corrida em casa, enquanto seu companheiro de equipe, Verstappen, viu a Red Bull cair para a terceira posição no campeonato de construtores, agora atrás da Ferrari. Para a Aston Martin, o dia foi difícil, com Fernando Alonso abandonando a prova por problemas técnicos, o que também havia ocorrido no México em 2023.
O início da corrida foi marcado por uma longa intervenção do Safety Car, que durou seis voltas, sendo o período de maior duração da temporada, após incidentes que envolveram Alex Albon, da Williams, e Yuki Tsunoda, da RB, ambos fora da corrida na primeira volta.
Esses momentos e números reforçam a competitividade e a imprevisibilidade da temporada 2024, com McLaren, Ferrari e Red Bull em uma disputa acirrada pelos principais troféus da Fórmula 1.