F1: “Estou sendo extremo”, afirma Leclerc sobre mudança nas configurações que podem contribuir para a Ferrari

Após um bom começo de temporada, com pódios e vitórias, a Ferrari enfrente dificuldades, e Charles Leclerc tem testado configurações extremas na tentativa de contribuir para uma melhora no desempenho da sua equipe. 

A Ferrari está em segundo lugar na tabela do campeonato, mas está sendo alcançada pela McLaren, que no momento está 7 pontos atrás da equipe italiana. 

Mesmo com o desempenho alto, a equipe decidiu colocar um novo pacote de atualizações na Espanha, o que provocou uma decaída na performance geral da equipe. Charles Leclerc pareceu ser o mais afetado, marcando apenas 12 pontos nos últimos quatro grandes prêmios. No entanto, o piloto afirmou estar disposto a sacrificar alguns pontos pelo bem da equipe. 

“Acho que nossa taxa de melhoria até Mônaco foi muito boa”, disse Leclerc.

“Como já disse muitas vezes antes, provavelmente éramos a equipe que mais progrediu de Monza, talvez no ano passado até Mônaco, este ano, foi uma taxa de melhoria muito boa”.

“Então fomos para Montreal, onde tivemos alguns problemas com a unidade de potência na corrida, o que obviamente nos custou um bom resultado, e depois acho que o ponto de virada foi a partir de Barcelona, onde obviamente tivemos uma atualização que introduziu um pouco mais de saltos”.

“A partir daquele momento, fui bastante extremo na mudança de configuração para tentar encontrar uma maneira de contornar esses problemas, o que você paga o preço com os resultados”.

“No entanto, você ganha muito conhecimento sobre esses problemas e acho que isso nos ajudará a voltar a ser competitivos a partir deste fim de semana”.

“Então, quero dizer, para nós é obviamente muito importante perder o menor número possível de corridas para entender esses problemas, mas acho que agora entendemos melhor esses problemas e estou confiante de que será melhor a partir desta corrida para maximizar os pontos aqui e em Spa também e obviamente para o resto da temporada.”

Sobre o pacote que irá utilizar no final de semana na Hungria, o monegasco respondeu: “Não vou entrar em muitos detalhes por enquanto, você verá amanhã obviamente”.

“Fizemos nosso dever de casa muito bem e, como disse, ao seguir caminhos extremos nas últimas corridas do meu lado com a configuração, acho que aprendemos muitas coisas”.

“E com a semana de folga entre as corridas, pudemos tirar conclusões e fazer nossa escolha para este fim de semana.”

Leclerc disse também que é provável que as mudanças não sejam tão visíveis no Hungaroring, mas que a equipe poderá analisar os dados.

“Acho que não é a pista onde os saltos são mais visíveis, no entanto, temos métricas,” ele explicou.

“Novamente, com as últimas três, quatro corridas, temos coisas que poderiam nos dizer se estamos no caminho certo ou não. Então acho que será suficiente para ver isso”.

“No entanto, em Spa, será ainda mais um teste para nós”.

“Mas estou muito confiante de que o que aprendemos nas últimas três, quatro corridas será melhor para o futuro, seja aqui ou em outra pista. Daremos um passo a partir de agora.”

Por mais que esteja confiante, Leclerc afirma que não é possível saber onde estará o nível de competitividade da equipe.

“Acho que é muito difícil responder porque de um fim de semana para o outro, os dois, três melhores times sempre é uma questão de um décimo ou dois no máximo,” ele avaliou.

“Então, ser preciso em onde exatamente estaremos é muito difícil”.

“Mas sim, vamos buscar o mais alto possível e se otimizarmos tudo, não há razão para não voltarmos ao nível de desempenho que vimos no início do ano”.

“Então esse é o objetivo. Mas acho que o ponto principal é ter um fim de semana limpo, não ir a extremos com a configuração apenas para eu entender e saber como o carro será quando eu fizer uma curva na classificação e se tivermos isso, então seremos capazes de voltar a disputar na frente.”