Oliver Bearman ficou alarmado com as condições extremas de falta de visibilidade e segurança durante o GP de São Paulo de Fórmula 1, realizado no último domingo sob intensa chuva. Em sua terceira corrida na categoria, o piloto reserva da Haas, que substituiu Kevin Magnussen que não se sentiu bem e não foi para a pista no final de semana, expressou repetidas vezes ao engenheiro de corrida, Mark Slade, sua preocupação com o risco crescente no circuito encharcado de Interlagos.
Bearman, que enfrentou dificuldades para enxergar durante a prova, fez apelos urgentes para que sua equipe notificasse a FIA sobre a situação. “Como estamos correndo assim? Alguém vai sofrer um acidente sério”, afirmou o piloto pelo rádio. Em outro momento, em tom mais grave, desabafou: “Estou tentando não morrer.”
O alerta de Bearman se confirmou pouco depois, quando Franco Colapinto da Williams, em sua sexta corrida na F1, perdeu o controle do carro durante o período de Safety Car. O incidente levou a direção de prova a acionar a bandeira vermelha, interrompendo a corrida temporariamente para garantir a segurança dos pilotos.
Além dos novatos, pilotos mais experientes também expressaram apreensão diante das condições adversas. Carlos Sainz da Ferrari, com vasta experiência na categoria, afirmou ao seu engenheiro, Riccardo Adami, que a pista estava impraticável: “Não podemos correr agora. Não consigo manter o carro na pista nem atrás do Safety Car, que está mais rápido do que eu,” afirmou Sainz, que ainda destacou a dificuldade de controlar o carro mesmo nas retas.
O fim de semana em Interlagos foi marcado por uma sequência de interrupções devido às chuvas intensas. A sessão de classificação de sábado foi adiada para a manhã de domingo, e o horário da largada do GP foi antecipado em uma hora e meia para evitar a previsão de uma tempestade mais severa. Mesmo com essas mudanças, as condições desafiadoras foram um teste de resistência para pilotos e equipes.