F1: Estratégias, compostos e características do GP de Singapura

Cerca de sete mil quilômetros separam Baku de Singapura. Em questão de dias, todo o circo da F1 foi deslocado das margens do Mar Cáspio para a cidade-estado onde o Estreito de Malaca encontra o Mar da China Meridional. Esta é a primeira vez que essas duas corridas ocorrem em sequência.

Compostos C3, C4 e C5
Singapura, situada na Linha do Equador, recebe a 15ª edição do GP com os mesmos compostos para clima seco usados no ano passado e nas últimas duas corridas em Monza e Baku, embora estas tenham características de pista muito diferentes. Os pneus escolhidos são o C3 como duro, C4 como médio e C5 como macio.

Modificações no circuito
O circuito, que foi modificado no ano passado para torná-lo mais fluido, continua sendo um dos mais sinuosos da temporada. Sua extensão agora é de 4,940 quilômetros, com o número de voltas aumentado para 62. Uma reta de 400 metros substituiu as curvas 16 a 19, reduzindo o número total de curvas de 23 para 19. No ano passado, o recapeamento da pista começou, e neste ano, as seções entre as curvas 3 e 9, 10 e 12, e 14 e 17 também foram recapeadas. Embora o asfalto seja semelhante ao utilizado em vias públicas, espera-se uma superfície mais lisa devido ao novo recapeamento. A primeira sessão de treinos livres, geralmente pouco reveladora, será fundamental desta vez para entender o comportamento dos pneus.

Estratégias de pit-stops
Singapura, como todos os circuitos de rua, pune severamente o menor erro, com pouquíssimas áreas de escape e a constante ameaça de colisões com as barreiras. O Safety Car é uma presença comum, pois a remoção de carros acidentados leva tempo considerável. Existem alguns fatores que fazem de uma parada a estratégia mais viável: o tempo perdido em um pit stop, cerca de 28 segundos, devido ao limite de velocidade reduzido no pit lane para 60 km/h, e a dificuldade extrema de ultrapassagem nesta pista. Uma segunda parada só é considerada se a corrida for interrompida.

Normalmente, o composto macio é utilizado apenas na classificação, enquanto os stints de corrida são divididos entre o médio e o Dduro. No entanto, no ano passado, o C5 desempenhou um papel importante no domingo, especialmente no primeiro stint, onde os pilotos buscaram aproveitar ao máximo sua aderência extra na largada. A degradação dos pneus em Singapura é causada principalmente pelo estresse térmico dentro do pneu, algo incomum e que varia significativamente conforme a configuração do carro e a carga aerodinâmica.

Quarta zona de DRS introduzida em 2024
No circuito de Marina Bay, é comum os pilotos estenderem ao máximo o primeiro stint para equilibrar os dois stints, o que frequentemente leva à formação de um “trem” de carros, incapazes de ultrapassar devido à pouca diferença de desempenho, apesar das três zonas de DRS na pista. Para tentar aumentar a ação, a FIA introduziu uma quarta zona de DRS entre as curvas 14 e 16 neste fim de semana.

Clima e temperatura
O clima imprevisível é outra característica marcante desta corrida. Singapura, com alta umidade raramente abaixo de 70%, tem pancadas de chuva fortes possíveis a qualquer hora do dia ou da noite.

Sebastian Vettel, o “Rei de Singapura”
O GP de Singapura foi o primeiro da história a ser disputado à noite, sob refletores, sempre oferecendo um espetáculo visual impressionante. Como de costume em pistas apertadas, a classificação desempenha um papel crucial no resultado da corrida, o que explica por que nove das 14 corridas até agora foram vencidas pelo pole position. Sebastian Vettel, o “Rei de Singapura”, venceu cinco vezes aqui, quatro delas saindo da pole, e subiu ao pódio oito vezes. Com a aposentadoria de Vettel em 2022, Lewis Hamilton está próximo de igualar seus recordes, com o mesmo número de poles e quatro vitórias, além de estar a um pódio de empatar com o alemão.

Entre os pilotos em atividade, Fernando Alonso venceu duas vezes, enquanto Carlos Sainz e Sergio Perez têm uma vitória cada em Marina Bay. Nico Rosberg, também aposentado, venceu uma vez. Entre as equipes, Ferrari, Red Bull e Mercedes estão empatadas com quatro vitórias cada, com a Ferrari detendo o maior número de poles, sete. Já nos pódios, a Red Bull lidera com 14 chegadas entre os três primeiros.

Acompanhe todas as informações do GP de Singapura AO VIVO e em TEMPO REAL no F1MANIA.NET. O jornalista Rodrigo França trás informações direto do Circuito da Marina Bay.



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