F1
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1 de dezembro de 2024 09:05

F1: Estratégias de pneus prometem agitar GP do Catar em Lusail

O Grande Prêmio do Catar de Fórmula 1 promete ser um dos mais intrigantes da temporada, com estratégias de pneus desempenhando um papel crucial no desfecho da corrida. George Russell, que larga da pole pela segunda vez consecutiva e quarta no ano, divide a primeira fila com Max Verstappen, enquanto os pilotos da McLaren ocupam toda a segunda fila após um desempenho dominante na Sprint.

A corrida deste ano apresenta um cenário diferente em comparação com 2023, quando os danos causados às unidades de potência devido às zebras forçaram a imposição de um máximo de 18 voltas por stint, levando a uma corrida de três paradas obrigatórias. As mudanças nas zebras e a evolução da pista em Lusail transformaram o circuito em um dos mais rápidos do calendário, com velocidades nas curvas entre as mais altas já registradas na categoria.

Foto: Divulgação / Pirelli

A análise da Pirelli e o impacto no GP

De acordo com Simone Berra, engenheiro-chefe da Pirelli, as condições da pista este ano estão muito melhores. “O nível de aderência é muito mais alto e as temperaturas estão cerca de 20°C mais baixas do que em 2023. Isso reduziu significativamente a granulação e a degradação dos pneus”, explicou Berra.

A Pirelli inicialmente previa uma corrida de duas paradas, mas os dados mais recentes indicam que uma estratégia de uma parada pode ser viável. O cenário mais provável para essa abordagem seria um stint inicial com pneus médios, seguido de um segundo com os duros, com o pit-stop ideal acontecendo entre as voltas 19 e 25.

Ainda assim, Mario Isola, diretor de automobilismo da Pirelli, alerta que esta estratégia pode ser arriscada. “Pode ser marginal para alguns pilotos em termos de desgaste, mas vimos na Sprint que é possível gerenciar os pneus médios até atingir a janela ideal para troca”, disse ele.

Foto: Divulgação / Pirelli

Opções estratégicas para as equipes

Para aqueles que preferirem evitar riscos, a estratégia de duas paradas com um esquema médio>duro>duro aparece como uma alternativa sólida, com janelas de pit-stop entre as voltas 12-18 e 33-39. Outra abordagem possível para quem optar por um ritmo mais agressivo seria médio>duro>médio, com a segunda troca de pneus entre as voltas 36-42, uma opção que pode ser particularmente interessante para a Ferrari.

Já pilotos que largam mais atrás no grid, como Lance Stroll (P15), Nico Hülkenberg (P18) e Esteban Ocon (P20), podem tentar reverter a estratégia tradicional, começando com pneus duros e passando para os médios no final da corrida. Essa tática oferece uma janela de pit-stop entre as voltas 32 e 38, mas requer que os pilotos ganhem terreno significativo antes da troca, caso contrário, pode ser necessário apostar em um Safety Car para salvar sua estratégia.

Foto: Divulgação / Pirelli

Fatores externos: o vento e suas implicações

Além das questões de pneus, as condições climáticas podem ter um impacto considerável no GP do Catar. Embora a previsão não indique chuva, ventos fortes com rajadas de até 40 km/h podem desequilibrar os carros, especialmente em um circuito tão exposto quanto Lusail.

“Esse vento traz muita areia e poeira para a pista, o que pode dificultar a largada para os pilotos que estão em posições pares no grid. Além disso, desestabiliza o carro em praticamente todas as curvas”, analisou Isola.

Com um grid competitivo e condições desafiadoras, a corrida promete ser uma das mais imprevisíveis da temporada. Resta saber quem encontrará o equilíbrio perfeito entre desempenho e gerenciamento de pneus para cruzar a linha de chegada na frente.



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