F1: Estratégias e previsão de chuva dominam expectativa para o GP de São Paulo

O GP de São Paulo de Fórmula 1 deste ano promete uma tarde de muitas variáveis e estratégias, principalmente devido à possibilidade de chuva intensa. Com o grid oficialmente confirmado, Lando Norris largará da pole position, seguido de George Russell, da Mercedes. A corrida, marcada para as 12h30 no Autódromo José Carlos Pace, conta com grandes expectativas tanto pelas condições climáticas quanto pelas estratégias de pneus, que podem se tornar o fator decisivo para o resultado final.

O fim de semana foi marcado por acidentes e punições que definiram o grid, como a penalidade de cinco posições de Max Verstappen por troca de motor, colocando-o na 17ª posição. Já Carlos Sainz, após danos em seu carro, terá que largar do pit-lane, enquanto Alexander Albon, mesmo aparecendo no grid, não participará da corrida devido à impossibilidade de reparar seu carro a tempo. Essa ausência deixará a sétima posição do grid vaga, reduzindo o número de carros que Verstappen precisará ultrapassar para alcançar os líderes.

Estratégia de pneus e o impacto da chuva

A Pirelli optou por trazer uma gama de pneus mais macia para esta edição, com os compostos C3, C4 e C5, em contraste com a escolha do ano passado (C2, C3 e C4). A Sprint de sábado já forneceu dados importantes para as equipes, que viram um desgaste elevado nos pneus médios, sugerindo que o composto duro pode ser o mais confiável para uma corrida de maior duração. Mario Isola, diretor de esportes motorizados da Pirelli, comentou: “A Sprint nos deu informações úteis sobre a estratégia para a corrida – se estiver seco. O desgaste foi bastante alto, com alguns pilotos chegando ao limite dos pneus. Isso indica que a estratégia de duas paradas, usando o médio e o duro, parece a mais viável.”

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Foto: Divulgação / Pirelli

Para condições secas, a estratégia preferida parece ser de duas paradas, alternando entre os compostos médio e duro, com as equipes avaliando variações como o médio>duro>médio ou médio>duro>duro, com as janelas de pit-stop previstas entre as voltas 18-25 e 45-52.

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Foto: Divulgação / Pirelli

No entanto, caso a chuva se confirme, tudo muda. A previsão meteorológica aponta mais de 80% de chance de chuva durante toda a corrida, com intensidade crescente e possibilidade de raios ao longo da tarde. A pista, recentemente asfaltada, pode se tornar ainda mais escorregadia em condições molhadas devido ao óleo da nova superfície, criando uma situação de pouca aderência.

O que observar na corrida de hoje

Se a corrida começar em condições de chuva, os pilotos precisarão equilibrar o desgaste dos pneus intermediários e de chuva. As equipes mantêm duas opções de pneus de chuva extrema e cinco jogos de intermediários para esse fim de semana, o que poderá demandar trocas constantes caso a pista fique com níveis de água variáveis.

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Foto: Divulgação / Pirelli

Outro ponto importante será a decisão entre estratégias de uma ou duas paradas. A estratégia de uma parada, alternando entre médio e duro, pode parecer tentadora para pilotos como Lewis Hamilton ou Verstappen, que precisam ganhar posições no grid. “Em teoria, o uso de apenas uma parada entre médio e duro pode ser tentado, mas não é algo recomendável, dado o desgaste que vimos na Sprint,” ponderou Isola.

Para Verstappen, que largará em 17º devido à penalidade, e Hamilton, que parte de uma posição não ideal, as condições meteorológicas instáveis e o uso eficiente de estratégias alternativas podem se mostrar decisivos para minimizar a vantagem de seus adversários diretos, como Norris, que largará na frente.

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Foto: Divulgação / Pirelli

Expectativa para uma corrida imprevisível

O novo asfalto, aliado à possibilidade de chuva, traz uma camada extra de imprevisibilidade para o GP de São Paulo. Em pista molhada, a aderência diminui, e o ritmo tende a ser mais lento, o que aumenta a necessidade de manter os pneus em temperatura ideal. Além disso, o comportamento dos carros em condições de baixa aderência ainda não é completamente conhecido neste novo asfalto de Interlagos, o que só adiciona um elemento de tensão e expectativa para os fãs de Fórmula 1.

Com todos esses elementos em jogo e uma alta probabilidade de uma corrida repleta de reviravoltas, o GP de São Paulo de hoje tem potencial para ser uma das etapas mais emocionantes da temporada.



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