O terço final da temporada de 2024 começa em Baku, a capital do Azerbaijão, uma cidade que carrega em seu nome uma referência ao vento, com “Bākūh” derivando do persa “rajada de vento”. Desde 2016, com exceção de 2020, Baku tem sido palco de corridas de Fórmula 1, inicialmente como o GP da Europa, e posteriormente adotando o nome do país. Este ano, o GP acontece pela primeira vez em setembro, uma mudança em relação aos habituais meses de abril ou junho, parte da estratégia de um calendário mais eficiente.
Para o GP do Azerbaijão, a Pirelli selecionou os três compostos de pista seca mais macios disponíveis: C3 (Duro), C4 (Médio) e C5 (Macio). A pista, com 6,003 km de extensão e 20 curvas, oferece um desafio significativo devido à sua variação de largura e à combinação de trechos rápidos e seções técnicas. A curva 8, por exemplo, tem apenas sete metros de largura, enquanto a reta principal é ampla o suficiente para três carros lado a lado, onde se alcançam velocidades altíssimas, colocando os pneus à prova, especialmente em condições de alta temperatura, comuns em setembro.
A estratégia de corrida em Baku costuma ser de uma única parada, com o pneu duro desempenhando um papel crucial. Apesar das altas velocidades na reta, as equipes precisam equilibrar o nível de downforce para não comprometer o desempenho nas seções mais lentas. Em 2023, a maioria dos pilotos iniciou a corrida com o composto médio, migrando para o duro após a entrada do Safety Car na volta 11, o que reforça a importância da estratégia de pneus em Baku.
Historicamente, Sergio Pérez tem sido o piloto mais bem-sucedido em Baku, com vitórias em 2021 e 2023, além de vencer a Sprint em 2023. Charles Leclerc, por outro lado, se destaca nas qualificações, conquistando a pole position nos últimos três anos. A Red Bull, apesar de ter o maior número de vitórias (quatro), ainda não conquistou uma pole position, enquanto a Ferrari acumula quatro poles, mas sem vitórias.