O ex-piloto de Fórmula 1 Ralf Schumacher, não poupou críticas ao presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem. Em entrevista ao site alemão Formel1.de, Schumacher questionou a liderança de Ben Sulayem e o acusou de querer estar sempre em evidência.
“Nada me surpreende mais com a FIA, principalmente com o presidente da FIA”, disse Schumacher. “Ele quer ter voz em todas as áreas. O vemos frequentemente entregando troféus aos pilotos, o que é ótimo, mas seria vergonhoso se foi ele que tirou de lado um homem tão competente, Wittich (Neils Wittich ex-diretor de corrida da Fórmula 1, demitido na última semana)”.
As críticas de Schumacher vão ao encontro de um posicionamento recente da Associação de Pilotos de Grande Prêmio (GPDA). Através de um comunicado extenso, a GPDA criticou a FIA por dar ênfase a questões como palavrões e o uso de joias pelos pilotos.
Quando questionado diretamente sobre o desempenho de Ben Sulayem, Schumacher foi categórico: “Eu esperava muito mais dele. Acredito que um bom presidente da FIA deve usar sua influência para melhorar a situação da FIA e dos pilotos. Tenho a impressão de que há uma luta por poder em curso na Fórmula 1, entre a FIA e a Liberty Media”.
“Dá a sensação de que Ben Sulayem não está satisfeito com sua posição. Há rumores sobre questões financeiras, a FIA está sob pressão financeira. É uma pena. Voltando no tempo, e sem querer ofender ninguém, eu era um grande fã de Max Mosley, que na minha opinião liderava a FIA de forma bem diferente”, completou Schumacher.
É importante ressaltar que, de acordo com alguns relatos, Ben Sulayem não foi o único responsável pela saída do agora ex-diretor de prova Niels Wittich. Fontes como o Auto, Motor und Sport sugerem que a insatisfação dos pilotos com Wittich influenciou a decisão, no que seria uma tentativa de apaziguar a categoria.