O ex-chefe da Alpine, equipe oficial da Renault, Otmar Szafnauer, chamou a atenção com revelações muito interessantes. Em entrevista ao canal de Peter Windsor no YouTube, Szafnauer afirmou que a equipe estava ‘milhões de dólares abaixo’ do limite de gastos da Fórmula 1, quando ele assumiu seu ex-cargo em 2022.
Essa situação inesperada contradiz a expectativa de que a Alpine, como equipe de fábrica, estaria operando no limite do orçamento para financiar seu ambicioso plano de 100 corridas para voltar ao topo do grid.
Szafnauer explicou que, ao chegar, precisou dedicar um tempo para identificar os pontos fracos da equipe. Um deles era a ausência de um grupo de desempenho aerodinâmico, crucial para o sucesso na F1 moderna.
“Eu sempre tive a filosofia de não mudar por mudar”, disse Szafnauer. “Precisa haver um bom entendimento e as mudanças devem ser feitas em áreas que sabemos que irão evoluir. Foi exatamente isso que fiz na Alpine.”
“Levei algum tempo para entender as áreas que estavam faltando e então comecei a fazer mudanças. Quando cheguei, não havia nenhum grupo de desempenho aerodinâmico separado. As grandes equipes têm 20 a 25 pessoas focadas nisso, um grupo distinto do departamento de aerodinâmica. É quase como um grupo de dinâmica de veículos, mas focado em aero, e a Alpine não tinha isso”, afirmou ele.
Szafnauer disse que, antes de sua saída, a equipe havia recrutado um chefe para esse grupo e iniciado a contratação de novos membros. No entanto, a Alpine não conseguiu atingir as metas do plano de 100 corridas, terminando em sexto lugar no Campeonato de Construtores em 2023, duas posições abaixo do ano anterior.
As revelações de Szafnauer levantam questões sobre o futuro da Alpine e seu plano de ascensão na F1. A equipe precisará superar o déficit financeiro e continuar a reestruturação interna para alcançar seus objetivos de longo prazo na categoria.