A Red Bull continua mantendo a superioridade que começou no segundo semestre de 2022. Dos últimos 13 GPs, o time levou 12. O período de vitórias se iniciou com Max Verstappen no GP da França, em julho do ano passado, sendo apenas interrompido pela conquista de George Russell em São Paulo.
O momento chama atenção dos rivais: “Nunca vi um carro tão rápido”, afirmou Hamilton após a etapa em Jeddah, acrescentando: “Quando éramos rápidos, não éramos tão rápidos. Esse é o carro mais rápido que já vi em comparação com o resto.”
No entanto, o ex-diretor técnico da Mercedes, Paddy Lowe, discorda das alegações de Hamilton. O britânico que trabalhou na equipe até o final da temporada de 2016 apontou que o W05, carro de 2014, foi mais vencedor do que o modelo da Red Bull.
Com um motor híbrido desenvolvido pela equipe em Brixworth, o W05 só não venceu três corridas daquela temporada. “Acho que nenhuma outra equipe já teve tanta vantagem [como a Mercedes]”, destacou Lowe.
“Em 2014, a situação era que podíamos ajustar quanto de vantagem precisávamos em um determinado dia. E isso continuou por algumas corridas durante a temporada. Não sei porquê as pessoas fazem tanto segredo disso.”
“Todo mundo suspeitava de qualquer maneira. Em 2014, nossa vantagem era tão grande que não precisávamos usar toda a potência do motor na maior parte do tempo. Para ser honesto, isso foi extraordinário na história da Fórmula 1”, relembrou.
“Não é nada para se envergonhar. A equipe de Brixworth fez um excelente trabalho com este motor. Eu sei quanta contribuição estratégica teve que ser feita pela Mercedes para finalmente ser capaz de construir este motor em Brixworth em 2014.”
“Essa é uma das conquistas mais marcantes da Mercedes na história do automobilismo. E isso levou a essa imensa vantagem, o que foi bastante embaraçoso para os outros fabricantes de motores”, argumentou Paddy.
O W05 foi uma ótima base para seus sucessores, com a equipe alemã novamente vencendo todas as corridas em 2015, exceto três, e depois esteve em primeiro em 19 das 21 etapas de 2016.