O ex-piloto de Fórmula 1 e vencedor de Le Mans, Mark Blundell, espera que a liderança ‘não italiana’ de Fred Vasseur, ajude a Ferrari em 2023.
A Ferrari apresentou hoje seu novo carro para 2023, com Charles Leclerc e Carlos Sainz participando do evento do lançamento do SF-23 em Maranello.
Embora os pilotos permaneçam os mesmos após uma tumultuada temporada em 2022, há um novo chefe de equipe no comando, já que Mattia Binotto deixou a equipe no final da temporada passada, e Fred Vasseur, ex-chefe de equipe na Alfa Romeo-Sauber, assumiu o cargo na Scuderia.
Vasseur possui um impressionante currículo no automobilismo, tendo chegado pela primeira vez à F1 como chefe de equipe da Renault (atual Alpine) em 2016. Antes disso, seu empreendimento Spark Racing Technologies garantiu o contrato para fabricar e fornecer o chassi para o campeonato da Fórmula E, sendo também o fundador (junto com com Nicholas Todt) da bem-sucedida equipe de corrida ART.
Blundell explicou seu ponto de vista: “Sempre foi difícil para a Ferrari, como equipe italiana, ter alguém de nacionalidade italiana liderando a equipe. Nunca parece ser um casamento feliz”, disse o ex-piloto ao PlanetF1.com, em uma entrevista.
“Fundamentalmente, nos últimos anos, quando houve sucessos na Ferrari, sempre foi relativo a alguém não italiano liderando a equipe. Eu luto às vezes para entender por que isso acontece. Houve vários momentos em que o progresso da Ferrari foi bastante impressionante. E então, várias vezes, você olhava para trás e dizia: ‘Porque e como isso aconteceu?’,” questionou.
Vasseur pode já ter provado sua competência e habilidades de liderança no pelotão intermediário da F1, mas Blundell disse que o francês vai enfrentar uma tarefa muito diferente com a Ferrari.
“Se Fred Vasseur fará a diferença, e se será da noite para o dia, ainda não se sabe”, disse ele. “Em termos de pedigree, ele é incrivelmente forte nessa liderança, mas a liderança de uma equipe de Fórmula 1 intermediária e a liderança de um time como a Ferrari, é um desafio bem diferente. Então, será uma situação interessante para acompanhar”, acrescentou.
“É sempre difícil para a Ferrari. É um nome tão grande e um ponto focal tão grande para quem olha para a Fórmula 1, vem com uma enorme pressão, e ser uma equipe italiana com essa credibilidade e esse tipo de consciência para todos no mundo, e ter que entregar resultados em quase todos os finais de semana, sempre vai trazer muita pressão”, concluiu Blundell, que correu na F1 pela Brabham, Ligier, Tyrrel e McLaren, entre 1991 e 1995.
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