Jolyon Palmer, ex-piloto de Fórmula 1 e atual comentarista, criticou duramente a McLaren após o que considerou ser ‘mais uma oportunidade desperdiçada’ no GP de São Paulo no último final de semana. A equipe britânica, que tinha Lando Norris na pole position, viu suas chances de vitória desmoronarem após uma decisão estratégica que acabou favorecendo os concorrentes.
Com uma largada em pista molhada, Norris perdeu a liderança para George Russell logo na primeira curva. O piloto da McLaren seguiu Russell nos boxes sob um virtual safety car na volta 28, mas a escolha se revelou um erro, quando Esteban Ocon, Pierre Gasly e Max Verstappen, que decidiram permanecer na pista, assumiram as três primeiras posições após a interrupção da prova por uma bandeira vermelha, causada por um forte acidente envolvendo Franco Colapinto, da Williams.
A decisão de Ocon, Verstappen e Gasly de se manterem na pista em vez de parar foi recompensada, uma vez que a bandeira vermelha lhes permitiu trocar os pneus sem perda de tempo com um pit stop. Verstappen venceu com uma vantagem de quase vinte segundos sobre Ocon, enquanto Gasly completou o pódio em terceiro.
Em uma análise, Palmer destacou que o sucesso de Verstappen, Ocon e Gasly não foi obra do acaso, mas sim fruto de uma visão estratégica que McLaren não soube adotar. “Os líderes anteciparam a quase inevitabilidade da bandeira vermelha. Foi um risco bem calculado dos que ganharam, e deu certo, como sempre acontece com Max e a Red Bull”, afirmou Palmer.
Para o ex-piloto, esse foi o terceiro erro estratégico da McLaren em condições mistas nesta temporada, após incidentes semelhantes em Montreal e Silverstone. Ele destacou que, enquanto a Red Bull tem demonstrado consistência em tomar as decisões corretas em momentos críticos, a McLaren continua a falhar ao ser menos proativa em suas chamadas.
“A Red Bull e Max têm um histórico impecável em condições mistas, sempre evitando erros onde uma parada no momento exato pode definir o vencedor da corrida. McLaren e Norris, por outro lado, desperdiçaram mais uma oportunidade por não serem tão proativos quanto os concorrentes”, finalizou Palmer.