F1: Ferrari afirma que dados do dinamômetro mostram problemas de confiabilidade resolvidos

A Ferrari afirmou que os problemas de confiabilidade do motor, que enfrentou na temporada 2022 da Fórmula 1, foram resolvidos após um ‘feedback positivo’ do trabalho realizado no dinamômetro em sua unidade de potência para 2023.

Em 2022, tanto a Scuderia como suas equipes clientes Alfa Romeo e Haas, tiveram problemas de confiabilidade do motor. O ex-chefe de equipe italiana, Mattia Binotto, afirmou nos últimos estágios da temporada passada, que as equipes com motores Ferrari foram forçadas a diminuir a potência de seus motores para minimizar as possibilidades de falhas.

O atual congelamento no desenvolvimento do motor, significa que os fabricantes só podem trabalhar em atualizações de confiabilidade, no entanto, rumores circularam no período de intervalo entre as temporadas, sobre um ganho da Scuderia de 30 HP para 2023.

Apesar do congelamento no desenvolvimento do motor, um ganho de desempenho seria perfeitamente legal, no caso desse ganho ser resultado de uma confiabilidade aprimorada, que permitiria que a unidade de potência fosse levada a limites mais altos do que antes.

O chefe de motores da Ferrari, Enrico Gualtieri, afirmou: “O trabalho de preparação para a nova temporada é geralmente uma das épocas mais movimentadas do ano, e agora não foi exceção.”

“Na verdade, o desenvolvimento das unidades de potência está congelado desde o ano passado, inclusive fluidos, óleo e combustível. E as únicas modificações permitidas são aquelas relacionadas à confiabilidade”, disse ele. “A confiabilidade foi nosso ‘calcanhar de Aquiles’ na última temporada. E assim trabalhamos duro para resolver nossos principais problemas e tentar atingir o nível de confiabilidade desejado. Esse era o nosso objetivo para 2023. E o nosso trabalho neste intervalo foi baseado nisso”, acrescentou.

Gualtieri afirmou ainda, que apenas o carro na pista vai provar se a equipe realmente resolveu ou não seus problemas de confiabilidade. Ele continuou dizendo que a equipe prestou muita atenção ao processo de montagem e design dos componentes ‘suspeitos’.

“Trabalhamos principalmente nas áreas que mais problemas nos deram na última temporada. Então nos concentramos no motor de combustão interna e nos motores elétricos. No entanto, ao mesmo tempo, tentamos capitalizar a experiência adquirida na pista na temporada passada.”

“Então analisamos todos os comentários e sinais de fraqueza dos componentes do motor usados. Claramente, isso envolve várias áreas de design de alguns componentes. Mas ao mesmo tempo, também revisamos quando necessário nossos procedimentos de montagem. O trabalho envolveu todo o pessoal da unidade de potência, bem como os nossos colegas da cadeia de abastecimento e os nossos fornecedores”, disse ele.

Tendo investigado todos os aspectos do processo de design e fabricação, Gualtieri acredita que um progresso positivo foi feito. “Tivemos um feedback positivo no banco de testes sobre algumas das mudanças que introduzimos. Mas, como sempre, a pista nos dirá se fizemos um bom trabalho”, concluiu.