Com a temporada se aproximando do fim, a Ferrari mantém a esperança de conquistar pelo menos mais uma vitória com o SF-24, e a pista mais promissora para isso é Las Vegas. Embora Monza, Baku e Singapura tenham sido circuitos historicamente favoráveis à equipe de Maranello, a equipe agora está de olho em suas chances nas corridas restantes. O GP de Las Vegas, marcado para novembro, parece ser a aposta mais segura. Como a pista apresenta muitas semelhanças com Baku, a Ferrari espera que as características do SF-24, especialmente em curvas de baixa velocidade e trechos de alta tração, possam ser exploradas ao máximo.
“A pista de Las Vegas possui uma dominância de curvas de 90 graus, semelhantes às de Baku, o que favorece a capacidade de resposta do SF-24 na entrada das curvas e sua tração na saída”, descreve a análise da equipe. Além disso, o carro da Ferrari tem se mostrado eficiente em configurações de baixa pressão aerodinâmica, algo crucial para o circuito americano.
Mesmo sem vencer em Baku, a Ferrari destacou-se como o carro mais competitivo naquela corrida. Outro ponto positivo para o time de Maranello é o gerenciamento eficaz dos pneus em condições mais fruas, algo que será decisivo em Las Vegas. O GP acontecerá à noite, e a edição anterior mostrou que o clima frio aumenta a granulação dos pneus, uma área em que a Ferrari se destaca até o momento. “As temperaturas mais baixas podem complicar a fase de aquecimento dos pneus na classificação”, ressalta a equipe. Apesar disso, Las Vegas representa a melhor oportunidade de vitória para a Ferrari.
Atualizações do SF-24
O próximo desafio será em Austin, onde a Ferrari também vê potencial. Embora a pista dos Estados Unidos seja historicamente favorável à equipe, a preocupação gira em torno das irregularidades do asfalto, que podem exacerbar os problemas de quique do SF-24. “O asfalto ondulado é uma pequena preocupação, já que o SF-24 tem dificuldade em lidar com irregularidades em alta velocidade”, observa um engenheiro da Ferrari.
Ferrari introduziu atualizações importantes no GP de Monza, mas ainda não conseguiu testá-las em um circuito mais tradicional. A principal prioridade para Austin será garantir que os problemas de quique tenham sido solucionados, e o asfalto acidentado do Texas servirá como o cenário perfeito para isso. Além disso, uma nova atualização está em andamento em Maranello, com foco em aumentar a pressão aerodinâmica no eixo dianteiro, um ponto fraco do carro em circuitos de média e baixa velocidade.
De olho nas corridas finais
Se as atualizações do SF-24 funcionarem conforme o esperado, a Ferrari poderá competir de igual para igual com a McLaren em Austin, o que abre a possibilidade de disputar a vitória também em outros circuitos. “O Brasil parece ser o território ideal para a McLaren, enquanto Abu Dhabi, com suas curvas lentas e curtas, oferece outra boa oportunidade para nós, além de Las Vegas”, afirma um porta-voz da Ferrari.
Entretanto, a performance da Ferrari nas corridas restantes também dependerá do que os rivais, especialmente a McLaren, farão em termos de desenvolvimento. Os britânicos trouxeram dois pacotes aerodinâmicos nas últimas corridas, cada um resultando em uma melhoria de aproximadamente quatro décimos em relação à Red Bull. A Ferrari reconhece que as corridas com formato Sprint, que compõem metade do calendário restante, podem dificultar os ajustes finos no carro, já que haverá apenas uma sessão de treinos livres. No entanto, há otimismo de que as variáveis restantes no campeonato possam favorecer a equipe a garantir, pelo menos, mais uma vitória até o fim da temporada.
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