F1: FIA afirma que não tentou fazer Renault continuar fabricando motores na categoria

A Renault anunciou oficialmente sua saída como fornecedora de unidades de potência na Fórmula 1, marcando o primeiro desligamento de um fabricante inscrito no novo regulamento de motores que entra em vigor em 2026. A equipe Alpine, propriedade da Renault, passará a utilizar motores Mercedes como cliente a partir dessa mudança.

Nikolas Tombazis, chefe técnico da FIA para monopostos, destacou que a decisão da Renault, embora significativa, não é algo que a entidade reguladora teria o poder ou intenção de impedir. “Nunca quisemos forçar uma montadora a permanecer no esporte contra sua vontade”, afirmou.

Segundo Tombazis, o processo de inscrição para o novo regulamento tinha como objetivo financiar a supervisão técnica dos fabricantes, mas sem comprometer os participantes a altos investimentos obrigatórios. “Estamos falando de um investimento que pode chegar perto de um bilhão de dólares ao longo de cinco anos. Não seria razoável obrigar um fabricante a continuar apenas porque pagou uma taxa de registro”, acrescentou.

A Renault era uma das seis fabricantes inscritas para os novos regulamentos de motores para 2026, que contarão com sistemas elétricos mais robustos e combustíveis 100% sustentáveis. Com sua saída, restam cinco fornecedores: Honda, Ferrari, Mercedes, Red Bull Powertrains-Ford e Audi.

Embora a Renault tenha desempenhado um papel fundamental na formulação do regulamento, Tombazis reiterou que o objetivo é manter na categoria apenas fabricantes que desejem participar por vontade própria. “Queremos que eles permaneçam porque têm interesse no projeto, não porque são forçados a isso”, concluiu.

Não é a primeira vez que um fabricante deixa o esporte na era híbrida. A Honda saiu em 2021, mas retornou em parceria com a Red Bull e agora está comprometida com um programa oficial com a Aston Martin para 2026.



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