No final do ano passado, a FIA emitiu um comunicado proibindo qualquer manifestação política ou religiosa em campeonatos regidos pela Federação Internacional de Automobilismo, estabelecendo que qualquer ato deve receber permissão prévia da organização.
A entidade, por meio de um porta-voz, havia mencionado que a medida visava um alinhamento com outras organizações atléticas, como o Comitê Olímpico Internacional, visando “abster-se de manifestar discriminação” contra qualquer pessoa.
Desde então, a FIA havia permanecido em silêncio sobre a questão. Contudo, a proibição não foi bem recebida pela Fórmula 1, com Stefano Domenicali afirmando que não iria “colocar uma mordaça” em ninguém.
Além disso, em coletiva de imprensa da Mercedes realizada na última quarta-feira (15), na qual o F1Mania.net esteve presente, Lewis Hamilton informou que não iria se calar, enquanto George Russell afirmou que esperava um esclarecimento sobre a nova medida.
Nesta sexta-feira (17), em documento enviado às 10 equipes, a entidade reguladora alegou que os pilotos têm liberdade para fazer declarações pessoais, políticas ou religiosas através de suas redes sociais, em entrevista à veículos credenciados, ou durante coletiva de imprensa da própria FIA, desde que sejam solicitados por um jornalista para realizar tal manifestação.
Entretanto, as declarações não podem ser feitas de forma espontânea nas coletivas de imprensa e durante quaisquer atividades na pista ou no paddock, além de procedimentos pré ou pós-corrida.
Dessa forma, as ações de usar camisetas com discursos políticos, a exemplo do que fizeram Lewis Hamilton e Sebastian Vettel nos últimos anos, estão proibidas. Contudo, a punição para o não cumprimento da medida não foi divulgada.