F1: FIA esclarece procedimentos de checagem pós-corrida após polêmicas desclassificações

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) divulgou um esclarecimento sobre seus procedimentos de checagem pós-corrida em resposta à polêmica que envolveu as desclassificações de Lewis Hamilton e Charles Leclerc no GP dos Estados Unidos. Hamilton foi retirado da segunda colocação e Leclerc da sexta, após os fiscais técnicos da FIA detectarem um desgaste excessivo das placas de proteção inferior de ambos os carros.

A notícia das desclassificações foi divulgada cerca de três horas e meia após o término da corrida. De 17 carros que terminaram em Austin, apenas quatro tiveram suas placas de proteção inspecionadas. Essa seletividade gerou questionamentos sobre a legalidade dos outros competidores.

Segundo a FIA, verificações aleatórias são realizadas em diversas partes dos carros em todos os finais de semana de corrida. “Essa prática existe há décadas e visa garantir o cumprimento das regras, uma vez que as equipes não sabem antecipadamente quais áreas específicas dos carros poderão ser examinadas”, disse a FIA em um comunicado.

Para a federação, a possibilidade de qualquer parte do carro ser inspecionada a qualquer momento age como um forte elemento dissuasor contra violações das regulamentações técnicas. A FIA também justificou a limitação no número de carros testados, apontando restrições de tempo, especialmente em finais de semana de corridas consecutivas.

“Ao conduzir esses testes, um enorme volume de trabalho é realizado no curto espaço de tempo disponível após o término de um Grande Prêmio e antes que os carros precisem ser devolvidos às suas equipes”, continuou o comunicado.

Além disso, desde 2021, a FIA tem sido capaz de realizar uma análise mais rigorosa em qualquer carro, incluindo “mergulhos profundos” que exigem a desmontagem de componentes significativos que não são regularmente verificados.

Os procedimentos de escrutínio da FIA evoluíram ao longo dos anos e atualmente constituem o método mais rigoroso e completo de monitorar os carros da atual geração da F1. Este detalhamento serve tanto como um meio sério de dissuasão quanto é praticamente viável dentro do enquadramento logístico de um final de semana de Fórmula 1.

Em suma, a FIA acredita que seus métodos atuais de checagem pós-corrida são rigorosos e justos, atuando como um forte mecanismo de dissuasão contra irregularidades.



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