F1: FIA explica demora para bandeira vermelha após acidente de Stroll

A FIA esclareceu o atraso de 40 segundos para acionar a bandeira vermelha após o acidente de Lance Stroll durante a classificação para o GP de São Paulo de Fórmula 1. A demora causou indignação na Red Bull, que considera que a decisão prejudicou Max Verstappen ao eliminá-lo no Q2.

O incidente ocorreu quando Stroll perdeu o controle e atingiu as barreiras na curva 3 durante o segundo segmento de classificação. O piloto canadense trouxe a bandeira amarela dupla com 1m37s restantes no cronômetro, enquanto Verstappen, um dos primeiros a passar pelo local do acidente, teve sua volta comprometida, ficando inicialmente em 10º. Menos de dois segundos após a bandeira amarela, Charles Leclerc, da Ferrari, melhorou seu tempo, empurrando Verstappen para 12º, posição que se transformará em 17º no grid devido à penalidade de cinco posições por troca de motor.

A bandeira vermelha só foi acionada após 40 segundos, o que gerou frustração na Red Bull, que considera que uma interrupção imediata daria tempo a Verstappen para outra tentativa. A equipe ficou ainda mais irritada com o fato de que as bandeiras vermelhas em incidentes de Fernando Alonso e Alex Albon no Q3 foram acionadas rapidamente.

“Não entendo por que demorou tanto para sair a bandeira vermelha. Foi um acidente sério na curva 3, uma das mais perigosas do circuito”, declarou Christian Horner à Sky Sports F1. “Levou 40 segundos para interromperem a sessão e já é o segundo dia seguido com decisões tardias, seja com o VSC ontem ou a bandeira vermelha hoje. Todas as outras bandeiras vermelhas foram imediatas.”

FIA optou por esperar possível retorno de Stroll

Segundo fontes do Motorsport.com, a FIA não atrasou a bandeira vermelha intencionalmente para que outros pilotos terminassem suas voltas. A decisão foi baseada no fato de que Stroll ainda tentava trazer seu Aston Martin de volta ao pitlane, conforme indicavam as imagens da câmera onboard. Com a classificação se alongando e a corrida marcada para 12h30 no horário local, o retorno dos carros aos boxes seria essencial para possibilitar reparos antes da prova.

No caso, Stroll foi instruído por seu engenheiro a tentar retornar aos boxes, pois o motor e as temperaturas do carro ainda estavam em condições seguras. Apenas quando ficou evidente para a direção de prova que o canadense não conseguiria continuar, devido a danos na suspensão, a bandeira vermelha foi acionada. Após o sinal vermelho, a Aston Martin ainda esperava recuperar o carro, mas Stroll acabou orientado a desligá-lo.

Para a FIA, o uso prolongado da bandeira amarela dupla foi suficiente enquanto Stroll permanecia na área de escape, já que os pilotos eram obrigados a reduzir a velocidade e se preparar para parar no local do acidente, invalidando suas voltas. O acidente de Alonso e Albon, por outro lado, foi muito mais severo, exigindo o acionamento imediato da bandeira vermelha e a presença do carro médico.

Verstappen enfrenta grande desafio no GP de São Paulo

Com a penalidade de motor, Verstappen enfrentará o desafio de largar da 17ª posição, enquanto seu principal rival pelo título, Lando Norris, largará na pole position após garantir o melhor tempo pela McLaren, seguido por George Russell, da Mercedes.

Verstappen lidera o campeonato com 44 pontos de vantagem sobre Norris, que venceu a Sprint de sábado, enquanto o holandês terminou a prova em quarto após uma penalidade de cinco segundos por infração ao VSC, que o fez perder a terceira posição para Leclerc.

A explicação da FIA sobre o incidente de Stroll e o atraso na bandeira vermelha reflete a complexidade das decisões de segurança na Fórmula 1, com a direção de prova buscando um equilíbrio entre o retorno dos carros para reparos e a necessidade de garantir um ambiente seguro em um dos circuitos mais desafiadores do calendário.

O F1MANIA.NET acompanha o GP de São Paulo ‘in loco’ com os jornalistas Gabriel Gavinelli, Kadu Gouvêa e Nathalia De Vivo.



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