A Fórmula 1, em parceria com o British Council, anunciou um novo programa educacional chamado “Learning Sectors”, com o objetivo de incentivar jovens de 7 a 16 anos a explorar carreiras em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM*). Com lançamento previsto para janeiro de 2025, o programa visa impactar mais de 130 mil estudantes em 700 escolas no Brasil, Índia, África do Sul e Reino Unido.
Segundo o presidente e CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, o desenvolvimento do esporte está intimamente ligado ao conhecimento e à inovação: “A educação forma a base da Fórmula 1. É graças às mentes brilhantes de engenheiros, cientistas e mecânicos talentosos que o esporte evoluiu para se tornar o auge da inovação e tecnologia que é hoje.” Para ele, o Learning Sectors representa uma oportunidade de levar a Fórmula 1 às salas de aula e despertar a paixão dos jovens pelas áreas de STEM, possibilitando que novas gerações considerem o automobilismo como uma carreira.
No Brasil, as atividades do programa serão focadas no ensino de programação, ajudando a desenvolver habilidades essenciais para o mundo da tecnologia. Nos demais países, os estudantes terão a chance de trabalhar em projetos colaborativos inspirados pela Fórmula 1, promovendo a troca cultural e o aprendizado em grupo, já que cada escola terá uma parceria internacional.
Scott McDonald, CEO do British Council, destacou a importância de capacitar os jovens para o mercado de trabalho do futuro: “No British Council, criar oportunidades para os jovens está no centro de nossa missão há 90 anos. Estamos encantados por trabalhar com a Fórmula 1 para ajudar mais jovens a desenvolverem conhecimento, habilidades e paixão para futuras carreiras em ciência, tecnologia e engenharia.” McDonald também enfatizou o cenário global que demanda habilidades em STEM: “Com quase três quartos dos jovens em todo o mundo sem as habilidades necessárias para prosperar no emprego futuro, nunca foi tão importante apoiá-los no desenvolvimento de competências para o mercado de trabalho e remover barreiras para suas futuras carreiras.”
Para concretizar esse objetivo, a Fórmula 1 contará com seu time de engenheiros e profissionais para auxiliar na execução do programa, que foi lançado oficialmente em um evento no Brasil, antes do Grande Prêmio de São Paulo. Na ocasião, estudantes, professores e representantes do governo tiveram uma experiência imersiva, com visitas aos bastidores da F1, incluindo o paddock e a área dos boxes, além de encontros com pilotos e membros das equipes. Essa interação direta busca trazer o universo da Fórmula 1 para perto dos jovens, demonstrando as diversas oportunidades de carreira no setor.
O *Learning Sectors* integra uma série de iniciativas que a Fórmula 1 promove para incentivar a educação e a inclusão social. Entre elas, está a parceria com a Mission 44 — fundação criada por Lewis Hamilton — que visa promover maior diversidade e inclusão no automobilismo, e o programa de Bolsas de Engenharia da Fórmula 1, que oferece cobertura total de custos para universitários de grupos sub-representados na área. Desde 2021, essa bolsa já beneficiou 30 estudantes, com a meta de apoiar 50 até 2025.
* O STEM é um conceito que surgiu nos Estados Unidos entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000. No Brasil, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Novo Ensino Médio abrem espaço para práticas STEM.