F1: Funcionários da Renault preparam novo protesto para manter produção de motores

Os funcionários da fábrica da Renault em Viry-Châtillon, estão organizando um novo protesto contra os planos da empresa de encerrar a produção de motores para a Fórmula 1. A decisão, que afetaria diretamente a equipe Alpine, tem gerado insatisfação entre os trabalhadores, que veem a medida como uma ameaça ao futuro da indústria automotiva francesa.

No início deste ano, surgiram relatos de que a Renault estaria planejando substituir sua produção de unidades de potência pela compra de motores da Mercedes a partir de 2026 (ou talvez até mesmo já em 2025), como forma de economizar custos. Essa mudança impactaria a equipe Alpine, que atualmente utiliza motores produzidos pela própria Renault.

Os trabalhadores de Viry já organizaram uma manifestação durante o final de semana do GP da Itália em Monza. Na ocasião, o CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, reuniu-se com os ativistas para discutir a questão. Em comunicado divulgado ao jornal francês L’Équipe, os funcionários agradeceram o diálogo aberto com a liderança da empresa.

“Após o encontro com o Sr. de Meo, os representantes do staff da Alpine Racing, gostariam de agradecer à gestão do Grupo Renault pela oportunidade de discussão e pela qualidade das conversas durante a reunião”, dizia um comunicado. Além disso, o staff destacou que as propostas apresentadas pela delegação de Viry parecem ter impactado positivamente a diretoria, que está reavaliando a manutenção das atividades da F1 na França.

Porém, apesar da reunião com a alta cúpula da Renault, os funcionários continuam preocupados. Segundo eles, a ameaça de encerramento das operações de motores para a F1 na França ainda é real, colocando em risco um know-how único no país, em um momento em que a indústria francesa precisa investir em talentos e fortalecer sua rede colaborativa nacional.

Com uma decisão esperada até o fim deste mês, novos protestos estão planejados nos próximos dias, caso a situação permaneça indefinida. A pressão interna, portanto, continua crescendo para que a Renault reconsidere sua participação na fabricação de motores de F1 no futuro.



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