Foto: XPB Images
A partir da temporada 2026 da Fórmula 1, o GP do Canadá e a tradicional Indy 500 podem ocorrer simultaneamente, uma decisão que já está sendo questionada por fãs e comentaristas nos Estados Unidos. Essa mudança no calendário ocorre devido à iniciativa da Fórmula 1 de agrupar corridas regionais, buscando reduzir viagens e minimizar impactos ambientais. No entanto, a possível sobreposição entre as duas provas levanta dúvidas sobre a estratégia da categoria em relação ao mercado americano.
Historicamente, o GP de Mônaco e a Indy 500 sempre foram realizados no mesmo dia, mas em horários distintos, permitindo que os fãs acompanhassem ambos os eventos. Agora, com o GP do Canadá sendo disputado em horário que deve coincidir com a corrida em Indianápolis, surge a preocupação de que a audiência da F1 seja prejudicada nos Estados Unidos, onde a Indy 500 é vista como uma instituição quase sagrada.
Um portal especializado apontou que colocar o GP do Canadá frente a frente com a Indy 500 seria um erro estratégico. Uma fã americana da Fórmula 1, identificada como Kate, afirmou que ‘a F1 não respeita as tradições do automobilismo americano’, um argumento que reflete o sentimento de boa parte do público nos Estados Unidos.
Esse descontentamento não é novo. Desde que a série da Netflix, ‘Drive to Survive’, popularizou a categoria no país, a F1 passou a receber demandas para se alinhar mais aos gostos americanos, incluindo sugestões de mudanças no formato das corridas e maior foco em entretenimento. No entanto, a Fórmula 1 já deu passos significativos para conquistar o mercado americano, com três GPs sendo realizados nos EUA, Austin, Miami e Las Vegas, e um foco crescente em atrair o público local.
Apesar da expansão nos Estados Unidos, a Fórmula 1 ainda concentra sua audiência principal na Europa, onde a categoria é historicamente mais popular. Em média, 1,3 milhão de pessoas assistem aos GPs nos EUA, um número frequentemente inferior ao público de países menores, como os Países Baixos.
Essa sobreposição com a Indy 500, portanto, não preocupa tanto no cenário global, já que o GP canadense atrairia mais audiência internacional. Para a F1, o foco em agradar seus mercados tradicionais continua sendo uma prioridade, mesmo diante do crescimento recente nos Estados Unidos.
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