A espera continua! O ex-piloto da Fórmula 1, que atualmente corre na Indy, Romain Grosjean, ainda não realizou o tão aguardado teste em um carro de F1 da Mercedes, prometido pelo chefe da equipe Toto Wolff, após o dramático acidente do francês no final de 2020. Em entrevista ao GP Racing, Grosjean admitiu que essa demora vem ocorrendo mais por culpa dele do que da Mercedes.
Com o encerramento de seu contrato com a Haas em 2020, a temporada já seria a última de Grosjean na Fórmula 1. Mas o destino reservava um capítulo final cheio de momentos tensos e um grande susto. No GP do Bahrein, o experiente piloto se envolveu em um grave acidente, escapando por pouco do pior, quando seu carro da Haas foi dividido em duas partes ficando envolto em uma enorme bola de fogo, após uma forte colisão com a barreira de proteção.
Devido a alguns ferimentos, principalmente em um das mãos que foi bastante queimada no acidente, Grosjean não pôde concluir a temporada. Foi então que Wolff, como forma de homenagem, o convidou para um teste na Mercedes. Promessa que, até o momento, ainda não foi cumprida.
A intenção de concretizar o teste permanece, mas a agenda atribulada do piloto de 37 anos se tornou um obstáculo. “Sim, absolutamente. Ainda não encontramos o momento certo, mas é tudo culpa minha. Não é fácil, estou olhando para 30 finais de semana de corrida no próximo ano. Vocês reclamam de 24 na F1 e eu tenho 18 na Indycar, sete no endurance e cinco na F1 com o Canal+ (atuando como comentarista). Então não é fácil incluir um teste”, brincou Grosjean.
Com bom humor, o francês ainda revelou uma ‘estratégia’ por trás dessa espera: “Além disso, de forma um pouco egoísta, estou tentando adiar para chegar ao ponto em que possa realmente testar uma nova geração de carros”, disse ele, rindo. “Mas sim, ainda estou ansioso para fazer isso e sempre que vejo Toto, ele sempre confirma que vai acontecer. Sim, seria muito legal voltar a um carro de F1”, encerrou o francês.