F1: Hamilton diz que categoria ainda precisa evoluir, após revelação de Ralf Schumacher

Lewis Hamilton aproveitou a semana do GP da Hungria para comentar a recente revelação do ex-piloto de Fórmula 1, Ralf Schumacher sobre sua orientação sexual. O heptacampeão refletiu sobre o tema e afirmou que a categoria precisa evoluir muito para se tornar um ambiente verdadeiramente inclusivo.

Schumacher publicou uma foto com seu parceiro no último domingo, tornando público o relacionamento que já dura dois anos. Ao comentar a notícia, Hamilton destacou que ‘ainda há um longo caminho pela frente’.

“Uma coisa é dizer que a F1 é inclusiva, outra é garantir que as pessoas se sintam confortáveis de verdade. Esse é um ambiente dominado por homens, e pelo que eu sei, Ralf é um dos primeiros a se pronunciar abertamente nesse sentido. O esporte precisa continuar fazendo mais para que as pessoas se sintam bem-vindas, especialmente as mulheres, porque sei que nem todas foram tratadas com respeito aqui. Temos que melhorar muito”, disse Hamilton na Hungria.

O GPblog questionou Hamilton sobre como a categoria pode evoluir nesse sentido: “Na maioria das vezes, é preciso conversa, diálogo. É se engajar com a comunidade. Poderiam fazer um questionário com todas as pessoas que trabalham aqui, perguntando sinceramente como elas se sentem e o que poderia ser feito. Há muita coisa que pode ser implementada”, respondeu o piloto.

Hamilton então relembrou uma experiência que teve durante o final de semana do GP do Canadá: “Estávamos em Montreal, e me lembro de cruzar a ponte e ver um deficiente com uma limitação parecida com a do meu irmão. Ele precisava usar o banheiro, mas havia um policial vigiando um banheiro químico. O policial disse que ele não poderia entrar. Eu parei e discuti com ele. Pedi, por favor, o cara tem um longo caminho para percorrer. Ele não deveria ter que atravessar a ponte toda. Precisa haver mais acessibilidade para pessoas com deficiência, e naquela situação, eu não pude fazer muita coisa. O policial não deixou o homem usar o banheiro, mas depois conversei com Stefano (Domenicali, CEO da F1) e perguntei: ‘Como estamos criando melhor acessibilidade para cadeirantes? Desde a época de Frank (Williams, ex-proprietário da equipe Williams), houve algum progresso?’ Eu não acho que tenha havido”, finalizou o heptacampeão.

Hamilton tem sido um porta-voz para questões de inclusão na Fórmula 1 nos últimos anos. Isso inclui o uso de um capacete com arco-íris em GPs da Arábia Saudita e do Catar, e seu apoio ao movimento ‘Black Lives Matter’.



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