O heptacampeão Lewis Hamilton, elogiou a atual proprietária da Fórmula 1, a Liberty Media, por ser melhor e ter mais empatia, do que o regime anterior de Bernie Ecclestone.
Ecclestone, agora com 92 anos, comandou a F1 por 40 anos, depois de vencer uma luta pelo poder na década de 1970, antes da Formula One Management (FOM) ser comprada pela Liberty Media em 2016 e o britânico deixar o esporte.
Desde a temporada de estreia de Hamilton na F1 em 2007 com a McLaren, ele sempre esteve em desacordo com Ecclestone sobre o comportamento e comentários do então proprietário da categoria, e foi obrigado a se desculpar em várias ocasiões por expor suas opiniões.
Mas mesmo depois de deixar a F1, Ecclestone continuou a criticar Hamilton, bem como a dar suas polêmicas opiniões, até quando não é solicitado a fazê-lo.
Em junho do ano passado, Ecclestone apoiou o ex-piloto e tricampeão de F1, Nelson Piquet, quando o brasileiro fez comentários racistas sobre Hamilton, pelo que foi multado em R$ 5 milhões na semana passada, com Ecclestone afirmando que o piloto da Mercedes ‘deveria estar feliz’, por Piquet ter se desculpado.
Foi mais ou menos na mesma época que Ecclestone disse que ‘levaria um tiro’ pelo presidente russo Valdimir Putin, e que Putin ‘acreditava que estava fazendo a coisa certa pela Rússia’, ao invadir a Ucrânia, comentários que fizeram com que os novos donos da F1 se distanciassem ainda mais de Ecclestone.
Falando de sua experiência na categoria, Hamilton, disse que não se sentia capaz de falar sob o período de Ecclestone no comando da F1, pois seria retratado como ‘o homem negro raivoso’.
“Não houve mudança ou qualquer movimento até 2020 ou 2021. Nos últimos dois anos é onde você começa a ver algum tipo de mudança”, disse ele à Sky Sports.
“Mas antes disso, eu era o ‘cavaleiro solitário’ e realmente não podia falar sobre o assunto, pois seria: ‘Oh, você é o homem negro zangado’. Foi um caminho difícil, estreito e solitário para percorrer”, disse ele.
Hamilton comentou que, sob a nova liderança da Liberty Media e Stefano Domenicali (CEO da categoria), a Fórmula 1 tem pessoas melhores e que demonstraram mais empatia, no comando.
“Mas desde 2020, acho que nós criamos aliados”, disse o heptacampeão. “A categoria tem, eu diria, pessoas melhores na governança e na gestão, que têm mais empatia, mente mais aberta, percebendo que quanto mais inclusivo o esporte, é melhor não apenas para eles, mas para todos. Isso está dentro deles e reflete mais o mundo exterior porque temos uma enorme base de fãs”, encerrou Hamilton.
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