Lewis Hamilton segue confiante no potencial da Mercedes, mesmo vivendo o ‘pior começo’ de temporada em sua carreira na Fórmula 1, após abandonar o GP da Austrália. A equipe alemã soma sua pior pontuação inicial desde 2012, com ambos os carros não pontuando em Melbourne.
Hamilton, que havia ficado em sétimo e nono nas duas primeiras corridas, se classificou em uma decepcionante 11ª posição no circuito de Albert Park, optando pelos pneus macios. Apesar da estratégia agressiva para tentar ganhar posições, com parada nos boxes na oitava volta, o britânico defendeu a decisão da Mercedes.
“Começamos com os pneus macios porque não chegamos ao Q3 e estava tudo bem”, disse ele. “Ultrapassei alguns pilotos, o ritmo estava ok, nada especial, mas estava alcançando e um pouco mais rápido que os carros da frente. Então, o motor falhou.”
Hamilton descartou estar desanimado com a situação atual da Mercedes e afirmou que ainda gosta de trabalhar com a equipe: “Surpreendentemente, me sinto muito bem. Estou tentando manter as coisas em perspectiva. Poderia ser muito pior, sou muito grato e gostei muito do meu tempo aqui na Austrália.”
“Eu ainda gosto de trabalhar com a equipe, é claro que adoraria brigar por vitórias e terminar as corridas. Não é um ótimo sentimento quando você vem de tão longe e nem vê metade da prova, mas sei que vamos nos recuperar e chegar lá, só precisamos seguir em frente”, acrescentou.
Apesar da expectativa inicial de que o W15 havia resolvido os problemas do modelo anterior na parte traseira, Hamilton admite que a realidade tem sido desafiadora para os engenheiros. “Acho que é difícil para o moral de todos na equipe quando tanto trabalho foi feito durante, e você chega animado, motivado e pensando em brigar por vitórias, e então obviamente não é o que acontece. Mas continuo inspirado pelas pessoas com quem trabalho, elas continuam se esforçando e aparecendo, e isso é o mais importante.”
Com o W15 apresentando um comportamento imprevisível, Hamilton classificou o início de temporada como o pior de sua carreira, superando até mesmo o ano de 2009, quando a McLaren caiu do topo para o pelotão de trás.
Apesar dos problemas, a experiência acumulada permite a Hamilton encarar o momento com relativa tranquilidade: “É fácil ficar preso no momento e focar em uma coisa só, mas o panorama geral é definitivamente o foco no momento e também perceber que você não pode controlar tudo. Você pode ficar frustrado porque não tem controle, mas se puder apenas relaxar e viver o presente. Não é ótimo, não estou feliz, mas vou ter um ótimo dia amanhã e treinar forte esta semana”, concluiu o heptacampeão.