F1: “Hamilton precisa ter vontade como Alonso para continuar”, afirmou Villeneuve

O ex-piloto e campeão na Fórmula 1 em 1997, Jacques Villeneuve, acredita que a longevidade de Lewis Hamilton na categoria dependerá de sua capacidade de manter a motivação e o desejo de competir em alto nível, especialmente ao enfrentar os desafios de sua nova fase na Ferrari. Hamilton, que estreia pela equipe italiana em 2025, assinou contrato até 2027, mas segundo Villeneuve, sua permanência pode estar mais ligada ao aspecto mental do que ao físico.

Em entrevista ao ‘The Action Network’, Villeneuve destacou que Hamilton, aos 40 anos, ainda tem condições físicas para competir, mas que o fator decisivo será sua fome por vitórias, comparando-o ao bicampeão Fernando Alonso.

“Depende se Hamilton tem a mesma fome que Alonso”, afirmou Villeneuve. “Ele ainda quer mais um título e quer conquistá-lo com a Ferrari. Isso deveria ser suficiente para motivá-lo. Mas se as coisas ficarem difíceis, ele será um lutador como Alonso ou pensará: ‘É hora de fazer algo diferente na minha vida?’,” questionou.

Villeneuve destacou a importância do lado mental, especialmente para pilotos que enfrentam períodos de baixa competitividade. Ele relembrou momentos em que Hamilton foi questionado ao pilotar carros incapazes de vencer corridas. “Em algum momento da sua vida, isso pode perder a importância ou prioridade. E é aí que você começa a decair”, disse ele.

Para Villeneuve, essa decisão é profundamente pessoal e varia de piloto para piloto. “A Fórmula 1 é exaustiva, mas ao mesmo tempo, é o que te mantém vivo. Você percebe quando é hora de parar, talvez dois meses depois de parar, você pense: ‘Isso está entediante’,” acrescentou.

Villeneuve ainda citou o exemplo de Nico Rosberg, campeão em 2016, que decidiu se aposentar logo após conquistar seu título. “Rosberg ficou mais feliz sem correr. Não era o mesmo nível de paixão”, concluiu Villeneuve, destacando que a paixão e o desejo são os combustíveis que mantêm pilotos como Alonso e Hamilton competitivos mesmo após décadas na Fórmula 1.