F1: Hamilton questiona Fórmula 1: “Não podemos continuar ignorando a África”

Lewis Hamilton critica organização da Fórmula 1 por “continuar ignorando a África”, enquanto dá prioridade para a expansão em outros lugares, como Europa e Estados Unidos.

Relatos recentes indicaram que a F1 estaria planejando a volta da categoria para a África, no GP de Ruanda. O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, irá se reunir com os representantes do país em breve. “Eles estão sérios”, disse Domenicali sobre a volta da África para o calendário pela primeira vez desde 1993, no GP da África do Sul. 

“Não podemos adicionar corridas em outros locais e continuar ignorando a África, da qual o resto do mundo tira coisas, mas ninguém dá nada para a África,” disse Hamilton.

“Há uma enorme quantidade de trabalho a ser feito lá. Acho que grande parte do mundo que não esteve lá não percebe o quão belo é o lugar e o quão vasto ele é”.

“Acho que ter um Grande Prêmio lá realmente destacaria o quão incrível é o lugar e traria turismo e todo tipo de coisa, então por que não estamos nesse continente?”

“A desculpa atual talvez seja que não há uma pista pronta, mas há pelo menos uma pista que está pronta [Kyalami].”

Sobre Ruanda, o sete vezes campeão mundial disse que “é um dos meus lugares favoritos que já visitei.”

“Tenho feito muito trabalho nos bastidores e conversado com pessoas em Ruanda e na África do Sul, e isso é um projeto longo em Ruanda, mas é incrível que eles estejam tão entusiasmados para conseguir [um Grande Prêmio].”

Nas férias de verão, Hamilton viajou pela África pelo segundo ano consecutivo, visitando Marrocos, Senegal, Benin, Moçambique e Madagascar, ele comentou sobre as suas experiências lá.

“Ainda estou digerindo a viagem, indo a um campo de refugiados e vendo o trabalho que está sendo feito lá e como as pessoas estão deslocadas,” disse ele.

“Uma coisa é ler sobre isso e ver no noticiário, mas, na verdade, ver e falar com crianças que precisam caminhar 10 km para ir à escola e ter uma educação, e depois 10 km de volta, sem ter refeições escolares, sem conseguir comer durante o dia, eles têm vidas realmente difíceis lá, e são principalmente mulheres e crianças as mais afetadas”.

“Não havia muitos homens lá porque ou foram mortos, ou levados para diferentes áreas de conflito”.

“Foi realmente pesado ver e vivenciar isso, e depois no Senegal ver as áreas de escravidão, apenas para entender o que o país passou, e é um lugar tão bonito”.

“Através de todas essas experiências, estou acrescentando ao meu compasso do que quero fazer daqui para frente.”

Hamilton prove uma grande rede de suporte para comunidades sub-representadas e minorias étnicas, através de projetos como o Mission 44 e Hamilton Commission, e, após sua viagem à África, destacou que “É ótimo ver organizações fazendo um trabalho incrível” em campos de refugiados”.

“O que eu posso fazer para ajudar, como posso contribuir. Então é isso que estou tentando fazer.”

O F1MANIA.NET acompanha o GP da Holanda ‘in loco’ com o jornalista Rodrigo França.



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