Mario Andretti, ex-piloto e campeão na Fórmula 1 em 1978, apontou Colton Herta como um ótimo candidato para uma das vagas na equipe Cadillac na F1 em 2026. Herta, que atualmente corre pela Andretti na IndyCar, é visto como um talento promissor. A equipe Cadillac, fruto da parceria entre a Andretti Global e a montadora americana General Motors (GM), já tem acordo com a FIA para entrar na F1 na próxima temporada.
Andretti, que atua como consultor no projeto da Cadillac na F1, elogiou a trajetória de Herta, lembrando que o piloto começou sua carreira em categorias de base como a Fórmula 3, competindo com nomes como Lando Norris, e já realizou testes na F1. “Zak Brown (CEO da McLaren) deu a ele um bom teste em Portimão, em Portugal. Você deveria ver o relatório que recebemos de Andrea Stella (chefe da McLaren). E Andrea é uma pessoa que diz as coisas como são, então novamente, Colton é um ótimo candidato”, disse Andretti ao Motorsport.com.
Herta teve sua melhor temporada na IndyCar em 2024, terminando em segundo lugar no campeonato, com duas vitórias, incluindo sua primeira em um circuito oval. Andretti acredita que, se não fossem alguns erros, Herta poderia ter sido campeão. “Alguns erros foram cometidos no ano passado que lhe custaram o título, e infelizmente isso acontece. Mas quando você olha os ingredientes que estavam lá, você tinha os ingredientes de um campeão. Mas por causa de algumas circunstâncias, ele não foi campeão”, disse Andretti.
A Cadillac ainda não definiu sua dupla de pilotos para 2026 em sua entrada na F1. Nomes experientes como Valtteri Bottas e Sergio Perez estão sendo considerados, assim como Zhou Guanyu. Andretti revelou que o processo de seleção está em andamento e confirmou que a Cadillac tem o objetivo de contratar pelo menos um piloto americano. “Estamos analisando todos os aspectos de todas as oportunidades que existem. Está claro que o objetivo é ter pelo menos um piloto americano, além de um outro já experiente na Fórmula 1”, acrescentou.
Herta já teve seu nome ligado à F1 anteriormente. A AlphaTauri (agora Racing Bulls) tentou contratá-lo para a temporada de 2023, mas não conseguiu obter uma isenção da FIA para conceder a superlicença ao piloto, que não tinha pontos suficientes para conseguir. Atualmente, Herta tem 32 dos 40 pontos necessários para a superlicença, e um bom resultado na IndyCar este ano pode garantir a ele a pontuação necessária. No entanto, o piloto se mostra indiferente aos rumores sobre a F1. “Eu meio que fui arrastado para essa conversa por, parece, meia década. Eu tive a ‘cenoura na minha frente’ por um tempo. Estou meio cansado de ser assim, e eu só quero pilotar neste momento e me concentrar na IndyCar este ano e me concentrar em vencer o campeonato, e se algo surgir disso, eu teria que pensar”, finalizou Herta, que muito provavelmente, dificilmente negaria uma oportunidade real na Fórmula 1.