O chefe da Red Bull, Christian Horner, está ciente do enorme desafio que aguarda sua equipe em 2026, sendo esse o prazo para o projeto de sua unidade de potência estar pronto para os novos regulamentos de motor da Fórmula 1.
A Red Bull enfrentou as equipes de fabricantes estabelecidas na F1, por quase duas décadas, sendo uma equipe cliente. Isso mudou em 2022, quando a novíssima divisão Red Bull Powertrains começou a trabalhar na fábrica da equipe em Milton Keynes.
Depois que Max Verstappen conquistou o título de 2021 com motor Honda, o RB18 e o AT03 da AlphaTauri foram os primeiros carros equipados com motores da marca Red Bull, mas que continuou com a ajuda da Honda. O fabricante japonês montou e desenvolveu as unidades de potência vencedoras do campeonato de 2022 e continuará a fazer isso até o final de 2025.
Os motores da equipe terão o emblema Red Bull-Ford a partir de 2026, em uma parceria com a fabricante americana anunciada pelas duas partes na última sexta-feira.
“Acho que o que vem a seguir, é continuar entregando, continuar desenvolvendo a equipe e os negócios aqui”, disse Horner à revista Motorsport.
“E acho que o próximo grande desafio para nós são os powertrains. Quero dizer, temos uma empresa de motores iniciante, enfrentando Ferrari, Mercedes, Alpine (Renault), VW Group (Audi), então esse é um grande desafio”, disse ele.
“Temos 150 semanas antes de termos um motor no novo regulamento pela primeira em um carro da Red Bull. Então isso foca a mente, é um grande desafio. É uma tarefa ousada pensar que uma equipe independente pode enfrentar esse tipo de fabricante estabelecido.”
“Mas, novamente, tudo se resume à mesma cultura, a mesma abordagem que tivemos no lado do chassi e, finalmente, ter tudo sob o mesmo teto e os benefícios que isso traz a longo prazo são significativos. Então, isso está tomando um pouco do meu tempo e atenção apenas para garantir que estamos atingindo nossos alvos nessa área”, acrescentou.
Após a revisão de regulamentos aerodinâmicos para 2022, a temporada de 2026 marcará uma nova era para os regulamentos da unidade de potência, introduzindo combustível totalmente sustentável, colocando maior ênfase na energia elétrica e proibindo as unidades MGU-H.
Essas atualizações voltadas para a sustentabilidade foram um fator-chave para atrair a Ford de volta à Fórmula 1, assim como a Audi, que fará parceria com a Sauber (atual Alfa Romeo), comprando 75% do time Sauber F1 até 2026.