O chefe da Red Bull Racing, Christian Horner, manifestou sua visão sobre as mudanças ocorridas na figura dos chefes de equipe na Fórmula 1. Em recente entrevista ao podcast Unlapped, Horner refletiu sobre a sua jornada e a de Toto Wolff, CEO da Mercedes, como os últimos líderes de um estilo mais antigo na gestão das equipes de F1.
Horner, que assumiu a chefia da Red Bull em 2005, está entre os líderes mais longevos da categoria. Com a futura saída de Franz Tost, atual chefe da AlphaTauri, ao final deste ano – que dará lugar a Laurent Mekies, vindo da Ferrari – o cenário dos dirigentes na F1 começa a mudar consideravelmente.
Ao refletir sobre seus primeiros anos no esporte, Horner lembra de personalidades icônicas que moldaram o panorama da F1: “Quando cheguei ao esporte, estavam presentes figuras como Ron Dennis, Flavio Briatore, Eddie Jordan e Jean Todt. Com Bernie Ecclestone no comando e presenças marcantes como Max Mosley e Frank Williams, a F1 era palco de personalidades vibrantes e distintas.”
No entanto, a transformação da Fórmula 1 trouxe novos rostos e estilos de gestão. “Olhando ao redor agora, percebo personalidades muito diferentes. Talvez seja apenas a sensação de envelhecer, mas vejo mais gerentes técnicos do que o lado empreendedor que predominava anteriormente”, observou Horner.
Nesse contexto, o chefe da Red Bull reconhece que ele e Wolff são representantes de uma era que está se desvanecendo: “Talvez Toto e eu sejamos dois dos últimos ‘dinossauros’, mesmo eu ainda estando entre os líderes mais jovens.”
A relação entre Horner e Wolff foi intensamente discutida na temporada de 2021, especialmente devido à acirrada disputa pelo título entre Max Verstappen, da Red Bull, e Lewis Hamilton, da Mercedes.
Essa reflexão de Horner sugere que a Fórmula 1 está entrando em uma nova era, onde a gestão técnica e detalhista ganha destaque em detrimento do estilo empreendedor que dominava as décadas anteriores.