O anúncio da saída de Guenther Steiner do comando da Haas na Fórmula 1, levantou comparações com sua anterior saída da Red Bull em 2005. Na ocasião, Christian Horner, na época recém-empossado chefe da equipe, creditou a troca a um motivo específico: Steiner não era um líder técnico. Curiosamente, o mesmo argumento foi usado pelo dono da Haas, Gene Haas, para justificar a preferência por Ayao Komatsu como substituto na equipe a partir de 2024.
Horner relembrou como, antes de se tornar o principal nome da Red Bull, Steiner havia integrado a equipe após a aquisição da Jaguar em 2004. Inicialmente, ele assumiu o cargo de Diretor de Operações Técnicas, enquanto Horner se tornava chefe de equipe. Porém, a chegada do renomado engenheiro Adrian Newey no ano seguinte, significou o fim da jornada de Steiner na Red Bull.
“Guenther era e ainda é uma personalidade forte, mas estava claro que ele não era um líder técnico”, afirmou Horner em uma entrevista. “Percebi que o que a equipe realmente precisava era de liderança e direção técnica. Então desde muito cedo, fiz questão de encontrar Adrian”, afirmou Horner.
O mesmo raciocínio parece ter guiado a decisão da Haas, pelo menos oficialmente. Em comunicado, Gene Haas chamou Komatsu de ‘um líder forte com foco em engenharia’, deixando evidente a prioridade em reforçar o lado técnico da equipe.
Enquanto Steiner levou a Haas ao seu melhor resultado no campeonato de construtores, com o quinto lugar em 2018, a performance da equipe decaiu nos últimos anos. O Haas VF-23 sofreu com problemas crônicos de degradação de pneus e um conceito de carro que atingiu rapidamente seu limite de desenvolvimento, resultando em apenas doze pontos conquistados na temporada de 2023.
Com a saída de Steiner, tanto da Red Bull quanto da Haas, fica no ar a dúvida: será a tal ‘falta de liderança técnica’, o denominador comum de suas passagens pelas duas equipes? Somente o tempo dirá, mas o fato é que para ambas, reforçar o lado técnico parece ser a receita para alcançar o próximo nível na Fórmula 1.