Nico Hulkenberg negou que o fato da Audi ser uma montadora alemã, tenha sido um fator preponderante na decisão dele ter sido escolhido para mudar para a equipe Sauber em 2025, já em preparação para a entrada da marca alemã na Fórmula 1 em 2026, ou mesmo para ele aceitar a proposta.
Na semana passada, a Sauber anunciou a contratação de Hulkenberg para a próxima temporada em um contrato de longo prazo, antes da equipe se transformar no time oficial da Audi na F1.
O acordo torna o alemão o primeiro piloto contratado pela Audi em sua estruturação para a estreia na categoria máxima do automobilismo, programada para coincidir com a entrada do novo regulamento.
“Simplesmente aconteceu, mas não sei exatamente como”, disse Hulkenberg para a imprensa. “É claro que em algum momento, as conversas começam. Como todos sabemos, o mercado de pilotos é muito dinâmico e fluido.”
“Acho que houve interesse no ano passado, mas eu estava em outra equipe e não havia oportunidade. Mas o interesse deles parece que continuou. Eles demonstraram bastante interesse e acho que encontramos um terreno comum para o futuro. É um projeto empolgante e interessante, e por isso chegamos a um acordo”, acrescentou.
Embora a marca Audi só passe a figurar oficialmente na F1 a partir de 2026, o chefe da Sauber, Alessandro Bravi, revelou que a montadora teria um papel ativo nas discussões sobre os pilotos.
Hulkenberg reconheceu que estar integrado à equipe de Hinwil com antecedência será uma grande vantagem para a chegada da Audi.
“Sim, obviamente, é um ano que nos dá algum tempo para nos conhecermos”, acrescentou. “Ainda reconheço algumas pessoas de 2013, mas tem muita gente nova também. A unidade de potência continuará sendo Ferrari em 2025 (igual a que Hilkenberg utiliza na Haas atualmente), o que não é novidade para mim. Mas é claro que é importante conhecer a equipe, a infraestrutura, e claro, tentar ajudar e direcionar as coisas. Mas isso é para depois. Agora, obviamente, continuo focado na temporada atual.”
Hulkenberg também negou que o status da Audi como marca alemã tenha sido crucial para sua decisão, afirmando que optou pelo que considera ser o ‘melhor pacote esportivo’.
“Acho que é apenas um fato (ele e a Audi terem origem alemã), mas é secundário, um efeito colateral. Não é que eu estivesse procurando especificamente por isso. Como piloto, você sempre busca o que considera ser o melhor pacote esportivo e a melhor oportunidade para o seu futuro, e acredito que, para mim, esse é o caso”, finalizou Hulkenberg.
O F1MANIA.NET acompanha o GP de Miami ‘in loco’ com os jornalistas Victor D. Berto e Rodrigo França.