O chefe da Pirelli, Mario Isola, falou sobre os problemas com os pneus que surgiram neste final de semana do GP do Catar de Fórmula 1. Essa preocupação veio à tona após uma série de estouros de pneus nas etapas finais da corrida em 2021. Segundo Isola, a análise das condições sugere que um pequeno problema na construção dos pneus pode estar relacionado ao contato frequente em alta velocidade com as zebras.
Isola afirmou: “Como de costume, analisamos todos os pneus usados durante os treinos livres. Neste fim de semana, tivemos apenas uma sessão, então não temos muitos dados. Mas há um elemento que preciso destacar a partir da análise feita, que mostra que há um pequeno problema na construção do pneu que acreditamos ser devido ao contato frequente com as zebras em alta velocidade por um longo período.”
Diante dessa descoberta, a Pirelli tomou a iniciativa de informar imediatamente a FIA sobre a questão e está trabalhando em conjunto com a entidade para encontrar uma solução. Em resposta, a FIA decidiu mover os limites da pista nas curvas 12 e 13, deslocando-os 80 centímetros para a direita. Essa medida visa evitar o contato excessivo dos pneus com as zebras e potencialmente melhorar a segurança.
Embora os pilotos tenham expressado alguma resistência às mudanças nos limites da pista, foram dados dez minutos a mais de tempo de pista, antes da sessão de classificação para a corrida sprint, para que os pilotos se adaptassem à nova configuração. Como resultado, a sessão de classificação sprint foi atrasada em 20 minutos.
Isola enfatizou que as zebras em si não são significativamente diferentes das utilizadas em outros circuitos, mas o problema reside na velocidade e na duração em que os carros as atravessam. Ele também observou que problemas semelhantes já haviam ocorrido em 2021 no Catar.
O chefe da Pirelli concluiu: “Conversando com a FIA, eles decidiram que mover os limites da pista em algumas partes do circuito, como nas curvas 12, 13 e 14, poderia ser um bom passo para ajudar os pilotos a não ultrapassar as zebras com tanta frequência. Às vezes, eles ultrapassam a zebra e voltam, e esse impacto duplo obviamente não ajuda o pneu a resistir”, concluiu Isola.