O jornalista de Fórmula 1, Peter Windsor, está convencido de que a Mercedes não ficaria no caminho de Lewis Hamilton, se o heptacampeão recebesse uma ‘mega oferta’ para ingressar na Ferrari.
Depois de enfrentar a primeira temporada sem vitórias de sua ilustre carreira em 2022, o início desanimador da Mercedes na temporada 2023, lançou dúvidas sobre o futuro de Hamilton com a equipe alemã, cujo contrato atual termina no final deste ano.
O atual piloto da Ferrari, Charles Leclerc, é considerado o principal candidato a substituir Hamilton na Mercedes, com o chefe da equipe, Toto Wolff, admitindo no fim de semana do GP do Azerbaijão que o monegasco está no radar de longo prazo da Mercedes.
Com rumores circulando desde o final da temporada passada, de que Leclerc já teria um pré-contrato com a Mercedes, o piloto de 25 anos foi cauteloso em Baku quando perguntado se ele havia conversado com a atual equipe de Hamilton e George Russell. “Não, ainda não”, respondeu o monegasco.
Aos 38 anos, a aposentadoria parece ser a opção mais provável de Hamilton caso ele deixe a Mercedes, mas com seu ex-companheiro de equipe na McLaren, Fernando Alonso, prosperando na Aston Martin ao se aproximar de seu 42º aniversário, uma mudança para um outro time para tentar seu oitavo título na F1, não pode ser descartada.
Com o chefe da Red Bull, Christian Horner, rejeitando em março a ideia de uma possível mudança de Hamilton para sua equipe, a Ferrari seria indiscutivelmente a opção mais atraente para Hamilton, e também levantaria a possibilidade de um sensacional acordo de troca envolvendo Leclerc.
Hamilton é conhecido por ter um bom relacionamento com o recém-nomeado chefe de equipe na Ferrari, Fred Vasseur, que supervisionou sua temporada na GP2 com a equipe ART em 2006, antes de sua graduação para uma vaga na F1 no ano seguinte.
A dupla foi fotografada conversando no paddock durante o fim de semana do GP do Azerbaijão.
Falando por meio de seu canal no YouTube, Windsor, ex-gerente da equipe Williams e Ferrari, acredita que Hamilton e a Mercedes poderiam se separar em um acordo mútuo, caso a Scuderia italiana sugerisse esta situação.
“Minha opinião é que, se a Mercedes não tiver um ótimo carro e, digamos, Lewis não vencer uma corrida, nem talvez George Russell, ele poderia dizer a Toto Wolff: ‘Toto, eu já te dei tudo e tive dois anos com um carro ruim. Recebi uma mega oferta da Ferrari e quero aceitá-la. Quer olhar nos meus olhos, apertar minha mão e terminarmos?’ Eu acho que Toto faria isso”, afirmou Windsor.
“Não acho que Toto diria: ‘Não, você tem um contrato. Você deve correr para nós’, pois Lewis poderia apenas dizer: ‘OK, estou parando nesse caso. Tchau’.”
Windsor continuou: “Acho que a Mercedes vai melhorar e eles terão um carro melhor ainda este ano. Mas se isso não acontecer, não acho que os contratos seriam tão importantes na verdade.”
“Acho que os contratos em vigor no momento basicamente regem a quantidade de dinheiro que Lewis está ganhando”, concluiu Windsor.
Um fator que pode ser contra a ideia de Windsor, é que pelo menos por enquanto na atual temporada, a Ferrari também não teve um desempenho muito bom. Qual equipe (Mercedes ou Ferrari) vai evoluir mais ao longo do ano, ainda precisamos aguardar para observar.