Foram 946 dias de espera, mas Lewis Hamilton finalmente voltou ao topo do pódio na Fórmula 1. A emocionante vitória de ponta a ponta no GP da Inglaterra, disputado em condições mistas de pista, empolgou a torcida local e rendeu ao heptacampeão seu nono triunfo em Silverstone, recorde absoluto para um único piloto em um mesmo GP. A conquista em sua última corrida em casa com a Mercedes, antes da mudança para a Ferrari em 2025, foi classificada como um ‘conto de fadas’. Mas como isso aconteceu? O jornalista Bernie Collins, da Sky Sports, respondeu a essa questão.
A vasta experiência de Hamilton em corridas com tempo instável foi determinante para sua vitória. Desde o GP da Arábia Saudita de 2021, o piloto britânico não chegava nem perto do primeiro lugar. A mudança de regulamento em 2022 não foi positiva para a Mercedes, que viu seu domínio acabar abruptamente. O próprio Hamilton teve dificuldades para se adaptar às novas regras, mas em 2024, a equipe alemã e o piloto parecem ter virado a página. Desde o GP do Canadá, o ritmo da Mercedes melhorou, resultando em vitórias consecutivas na Áustria e em Silverstone.
Comentando a vitória de Hamilton no GP da Inglaterra no podcast da Sky Sports F1, o ex-analista de estratégias na F1, Collins, afirmou: “Foi uma vitória fantástica, especialmente com o apoio da torcida local. Não poderia haver melhor cenário. Durante todo o final de semana, o público estava torcendo muito por Lewis, querendo que ele se desse bem, e foi como um conto de fadas por ser sua última corrida lá com a Mercedes.”
No entanto, nas condições de piso misto de Silverstone, houve um momento crucial que guiou Hamilton à sua primeira vitória em quase três anos, segundo Collins: “Lewis conseguiu tirar o melhor proveito da situação. Uma das coisas que achei bem interessante ao analisar a corrida, foi que nos primeiros pit stops, Sergio Perez e Charles Leclerc pararam quatro ou cinco voltas antes de todos os outros para colocar pneus intermediários quando a primeira chuva chegou. A Mercedes chegou a pedir para Lewis parar naquele momento, mas ele recusou.”
“Essa foi a experiência dele falando mais alto. Parar naquele momento teria arruinado sua corrida. Vemos esses lampejos de alguém experiente e que trabalha bem com a equipe, e isso brilha nesse tipo de situação”, concluiu Collins.