De maneira até bastante surpreendente, o chefe da Aston Martin, Mike Krack, afirmou que a equipe considerou outros pilotos antes de renovar o contrato de Lance Stroll.
No início do mês, a equipe britânica anunciou a renovação do vínculo de Stroll por várias temporadas, garantindo sua permanência ao lado do companheiro de equipe Fernando Alonso.
A opção de Alonso por prolongar a carreira na Fórmula 1, significa que a Aston Martin entrará no novo regulamento da categoria em 2026 com a mesma dupla de pilotos.
Enquanto isso, a futura parceria da Aston Martin com a Honda (a partir de 2026) gerou especulações sobre a possibilidade de Yuki Tsunoda, que vai continuar na RB em 2025, se transferir para a equipe no futuro. A Honda afirmou que estaria disposta a continuar apoiando a carreira de Tsunoda na categoria, mesmo após o término da parceria atual com a Red Bull.
Apesar de admitir que seria um erro não analisar opções externas, Krack ressaltou que a preferência sempre foi manter Stroll.
“Não devemos nos pressionar pelo mercado de pilotos”, disse ele quando questionado sobre a possibilidade de troca. “Precisávamos formular o que queríamos, e tínhamos um plano bem definido que perseguimos. É claro que sempre analisamos o que está disponível. Todo mundo precisa ter planos B e C. Mas se você puder fazer seu plano A funcionar, deve fazer isso.”
O fato de Stroll ser filho do proprietário e diretor executivo da Aston Martin, Lawrence Stroll, levanta questionamentos sobre sua permanência na equipe ser baseada em mérito. O canadense sempre foi bastante criticado por ter desempenhos bastante fracos com frequência, e que só se mantém na F1 pelo fato de ser filho do dono de uma equipe na categoria.
Desde sua chegada na F1 em 2019, o ex-piloto da Williams não superou nenhum companheiro de equipe na pontuação. Na temporada passada, sofreu uma derrota acachapante para Alonso, que marcou 132 pontos a mais que o canadense.
No entanto, Alonso é um defensor do potencial de Stroll para liderar a Aston Martin após sua aposentadoria, e elogiou a dinâmica entre a dupla como a melhor que já teve na F1.
Krack explicou que o relacionamento harmonioso entre os pilotos foi importante na decisão da equipe de não promover mudanças.
“Durante semanas, dissemos que queríamos continuidade e estabilidade. Acho isso muito importante para uma equipe, especialmente rumo a um novo regulamento. Estamos muito satisfeitos com a maturidade da nossa dupla de pilotos. Sabemos quem são nossos principais adversários”, acrescentou.
“Eles (Alonso e Stroll) trabalham muito bem juntos, empurrando na mesma direção. Sempre quisemos as coisas assim. E obviamente, neste momento e ao longo da temporada, os pilotos não foram nosso principal problema. Estamos felizes por termos resolvido isso e por trazer um pouco mais de calma para a situação”, finalizou o chefe da Aston Martin.