Na temporada passada, pela primeira vez na carreira Charles Leclerc esteve na disputa do título da Fórmula 1. O monegasco se saiu muito bem nas primeiras etapas, chegando a abrir uma vantagem no campeonato de 46 pontos para Max Verstappen.
No entanto, a fase boa foi interrompida por diversos erros de estratégia, pit-stops ruins e problemas na confiabilidade do F1-75. O piloto da Ferrari chegou a ter algumas discussões no rádio com a equipe, mas, em muitos momentos, acatou as decisões ruins do time.
Exemplo da corrida em Mônaco. O piloto nascido no principado estava na liderança quando foi chamado aos boxes para trocar os pneus de chuva pelo composto intermediário, enquanto o companheiro de equipe, Carlos Sainz, não aceitou a proposta da Ferrari e foi para um pit-stop trocar os pneus de chuva para os de pista seca.
Como resultado, Leclerc precisou retornar aos boxes para realizar uma nova troca e acabou perdendo as chances de ganhar a prova e de um lugar no pódio. Em conversa com o The Race, o monegasco explicou que dentro do cockpit é muito difícil julgar as ações do time.
“Acho que as pessoas não percebem a pouca informação que temos dentro do carro e o que está acontecendo ao nosso redor. Você pode dizer uma preferência sobre um composto de pneu ou algo assim, mas, às vezes, as chamadas são feitas no último minuto”, alegou.
“Em situações muito específicas, é claro que você pode fazer um trabalho melhor, como piloto eu poderia ter feito um trabalho melhor em algumas situações muito complicadas. Provavelmente poderia ter falado um pouco mais, mas nas outras chamadas é muito difícil para nós ter uma imagem mais clara do que está acontecendo”, enfatizou Leclerc.