Charles Leclerc criticou a FIA por sua ênfase na controvérsia dos palavrões no final de semana do GP de Singapura de Fórmula 1. O piloto da Ferrari acredita que a entidade tem outras prioridades para se concentrar no momento.
O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, está interessado em reduzir o uso de palavrões pelos pilotos, especialmente aqueles que são falados nos rádios das equipes e transmitidos pela TV. Max Verstappen, recebeu uma penalidade para prestar serviço comunitário, após dizer um palavrão na coletiva de imprensa oficial da FIA na quinta-feira antes da corrida em Singapura. Apenas algumas horas antes, Ben Sulayem havia deixado sua posição sobre o assunto bastante clara.
Verstappen então se recusou a responder perguntas na coletiva de imprensa pós-sessão de classificação, realizando em vez disso uma reunião improvisada com a imprensa no paddock. Após a corrida, em outra reunião separada com os jornalistas, ele insinuou que essa história poderia acelerar sua aposentadoria da F1.
Lewis Hamilton classificou a penalidade como ‘uma piada’ e pediu a Verstappen que a boicote, embora o heptacampeão tenha concordado com o pedido de Ben Sulayem para reduzir o uso de palavrões. Hamilton, no entanto, fez uma ressalva, apontando o que ele considerou um ‘elemento racial’ na comparação de Ben Sulayem entre pilotos e rappers.
“Acho que a FIA tem outras prioridades para olhar no momento”, disse Leclerc à imprensa. “Somos adultos no fim das contas e somos um dos poucos esportes em que ouvimos o piloto falar durante a própria corrida. Eu devolveria o favor à FIA pedindo a eles que talvez tirem alguns de nossos palavrões ‘do ar’ e não os transmitam tanto. É algo bastante fácil de fazer”, acrescentou.
“Para nós controlarmos nossas palavras quando você está pilotando um carro a 300 km/h entre paredes em uma pista de rua, é bastante complicado. Somos humanos afinal, então não vejo isso como uma grande prioridade por enquanto”, finalizou o piloto monegasco.