Kevin Magnussen, que irá se despedir de sua posição como piloto titular na Haas e da Fórmula 1, após o final da atual temporada, propôs à FIA uma abordagem mais simples para resolver as polêmicas recentes sobre padrões de corrida, especialmente após os GPs dos EUA do México. Segundo o piloto dinamarquês, as regras atuais oferecem brechas que dificultam a consistência nas decisões.
“Acho que está muito bagunçado, do jeito que está agora. A FIA percebeu isso e está buscando mudanças. Eles veem que não está funcionando bem. Há muita margem para explorar essas diretrizes. É preciso repensar um pouco e voltar ao básico”, afirmou Magnussen.
Para ele, uma das principais causas dos problemas está nas pistas modernas, com amplas áreas de escape, que deixam os pilotos ‘sem sentir que estão saindo da pista’. Magnussen disse que, nessas condições, é fácil para o piloto na parte externa tentar se manter e fazer parecer que foi empurrado para fora, em vez de buscar uma ultrapassagem limpa.
Magnussen acredita que a solução é simples: “Se você não estiver à frente o suficiente, o carro por dentro terá o direito natural de empurrá-lo para fora. Mas se estiver à frente na freada e na curva, o outro piloto não poderá forçá-lo a sair sem danificar seu carro, como a asa dianteira, por exemplo. Existe uma dinâmica natural na corrida que deveria prevalecer”, acrescentou.
Para isso, ele sugere que os circuitos adotem mais caixas de brita ou obstáculos naturais nas áreas externas, incentivando disputas mais reais e menos sujeitas a interpretações. “Em pistas assim, a FIA poderia deixar as coisas para os pilotos, com algumas poucas regras, como a de não se mover sob frenagem. Mas o problema maior são as pistas”, concluiu Magnussen.