F1
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5 de setembro de 2024 14:44

F1: Marko afirmou que Red Bull quase usou motores Mercedes, mas Wolff impediu acordo

O consultor da Red Bull Racing, Helmut Marko, afirmou que sua equipe esteve muito próxima de utilizar motores Mercedes na Fórmula 1. Segundo Marko, um acordo informal havia sido firmado com Niki Lauda, então presidente não-executivo da Mercedes, mas foi posteriormente bloqueado pelo chefe da equipe, Toto Wolff, forçando a Red Bull a buscar outras opções de fornecimento de unidades de potência.

Em 2014, com a introdução dos motores híbridos V6 turbo na Fórmula 1, a Mercedes rapidamente se destacou como a referência na categoria, enquanto a parceria entre Red Bull e Renault começou a mostrar sinais de desgaste, com a equipe enfrentando dificuldades em manter sua competitividade.

“Quando as novas regras de motores chegaram em 2014, nosso fornecedor de motores infelizmente não conseguiu produzir uma unidade competitiva”, disse Marko no podcast Inside Line F1. “Mesmo com a grande rivalidade com a Mercedes, tentamos um acordo. Havia um certo ceticismo, especialmente por parte do nosso fundador, Dietrich Mateschitz, que não era um grande fã da Mercedes. Mas como nosso motor não estava mais motivando a equipe, fomos em busca de alternativas.”

De acordo com Marko, as negociações avançaram a ponto de um ‘acordo de aperto de mãos’ ter sido feito com Lauda, mas o negócio foi encerrado por Wolff. “Tivemos um acordo com a Mercedes, um aperto de mãos com Lauda, que não foi apoiado por Toto, então o acordo não se concretizou”, disse Marko.

Com o bloqueio do acordo com a Mercedes, a Red Bull decidiu arriscar uma parceria com a Honda, mesmo após a experiência negativa da montadora japonesa com a McLaren. Inicialmente, a Honda forneceu motores para a Toro Rosso (atual RB), equipe irmã da Red Bull Racing, em 2018, antes de expandir a parceria para a equipe principal em 2019.

Marko destacou que, apesar do risco envolvido, informações privilegiadas sobre os planos da Honda influenciaram na decisão. “Sabíamos que a Honda estava séria em seus investimentos em desenvolvimento de motores e acreditávamos que o risco era calculado”, acrescentou.

Essa decisão provou ser acertada, já que a Red Bull conquistou três títulos de construtores e quatro títulos de pilotos com os motores Honda. Porém, com a chegada da nova geração de unidades de potência em 2026, a Red Bull se prepara para se tornar uma fabricante independente, através da Red Bull Powertrains em parceria com a Ford, mantendo o objetivo de continuar vencendo corridas e estabelecendo novos padrões na Fórmula 1.

Marko concluiu afirmando que o próximo grande desafio é o desenvolvimento do próprio motor da Red Bull. “É um projeto gigantesco, tanto do ponto de vista financeiro quanto de gestão, mas o foco continuará sendo vencer corridas e estabelecer novos marcos na categoria”, finalizou.



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