Helmut Marko, consultor da Red Bull Racing, criticou a punição aplicada a Max Verstappen pela FIA, após o uso de um palavrão durante a coletiva de imprensa antes do GP de Singapura de Fórmula 1. Segundo Marko, a reação da entidade foi exagerada, considerando que o termo em questão ‘já faz parte da linguagem cotidiana’. O austríaco elogiou a forma como Verstappen reagiu à situação, respondendo de maneira breve durante as demais coletivas após as sessões, como forma de protesto.
Marko afirmou que as emoções fazem parte essencial da Fórmula 1 e que os pilotos devem ter a liberdade de expressá-las. “Você tem que permitir as emoções. Se você for tão moralista, pode simplesmente ignorar essas declarações”, disse ele, destacando o caráter emocional do esporte.
Em sua coluna para o Speedweek.com, Marko também comparou o caso de Verstappen com o comportamento de Gunther Steiner, ex-chefe da Haas, famoso por suas falas contundentes e muitas vezes carregadas de palavrões, especialmente após a exibição da série da Netflix, ‘Drive to Survive’. “O critério é diferente quando olhamos para o que Günther Steiner fez, por exemplo, sem qualquer consequência”, afirmou Marko, chamando a punição de Verstappen de ‘claramente exagerada e ridícula’.
Além disso, o consultor da Red Bull questionou o pedido do presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, para que os pilotos diminuam o uso de palavrões nas conversas via rádio das equipes. Ele alertou que a adição de regras excessivas pode tirar o prazer do esporte. “Max quer se divertir no esporte que pratica, e eu sou a favor do antigo ditado inglês ‘deixe-os correr’,” encerrou Marko.
Essas afirmações de Marko refletem a tensão entre a liberdade emocional dos pilotos e as tentativas da FIA de impor limites ao comportamento público, destacando a necessidade de equilíbrio entre competitividade e expressão pessoal.