F1: Maylander relembra momentos importantes como piloto do Safety Car

Depois de 23 anos como piloto do Safety Car na Fórmula 1, Bernd Maylander comentou sobre algumas de suas lembranças, incluindo a tendência de Lewis Hamilton de ‘se esconder’ atrás do Safety Car.

Hamilton, Fernando Alonso, Michael Schumacher e Sebastian Vettel, são apenas alguns dos nomes que seguiram o carro de segurança pilotado por Maylander ao longo dos anos.

Assim como seus estilos de pilotagem, os pilotos também têm uma maneira particular de seguir o Safety Car, e Maylander revelou uma estranha peculiaridade que Hamilton faz quando está na liderança de uma corrida e logo atrás do carro de segurança.

“Lewis sempre se esconde um pouco atrás do carro”, disse Maylander em entrevista à Auto Motor und Sport. “Você sempre tem que olhar para o ponto cego para ver onde ele está.”

Maylander também foi um dos atores, embora sem influenciar em nenhuma decisão, de um dos principais momentos da carreira de Hamilton, o GP de Abu Dhabi em 2021.

O alemão de 51 anos percebeu quando apenas uma parte dos carros que deveriam recuperar uma volta, fizeram isso, ao invés de todos os que tinham que fazê-lo. Isso ocorreu por determinação do então diretor de corridas da F1, Michael Masi. Ao entrar no pit lane, Maylander chegou a ver o início da disputa pelo P1 na última volta entre Hamilton e Max Verstappen.

“Eu caminhei pela área de hospitalidade com meu capacete e me sentei no fundo do paddock primeiro”, lembra Maylander. “Eu tive que ficar sozinho para pensar: ‘O que acabou de acontecer?’,” questionou.

Maylander foi nomeado para o cargo em 1999 pelo falecido diretor de corridas da FIA, Charlie Whiting, que ligou para o alemão quando ele tinha 27 anos, e Maylander achou que teria problemas em aceitar a função de piloto do Safety Car.

“Depois de cinco minutos, eu estava fora do escritório novamente e tinha um outro trabalho”, disse o alemão. “Eu não sabia que poderia ser pago pelo trabalho!”

“O GP do Japão em Fuji em 2007 foi memorável”, disse ele à F1 em 2018 sobre suas lembranças mais loucas. “Além disso, o GP do Canadá em 2011, onde liderei quase 50% da corrida! Não ganhei nenhum troféu, mas quase perdi meu voo para casa porque a corrida atrasou.”

“Mas esse é o meu trabalho, manter todos calmos e seguros. Liderar o grid e controlar a corrida. O GP da Alemanha de 2019 é outro exemplo. Foi uma grande corrida, eu estava no limite. Eu abri muito em algumas curvas, por questões de segurança. Em um carro de corrida, você já tem que ficar na pista, mas no Safety Car, é fundamental que você não bata”, concluiu rindo.