Nikita Mazepin pode não estar necessariamente livre para começar a negociar um possível retorno à Fórmula 1. Essa é a opinião da proeminente advogada russa de esportes, Anna Antseliovich, que foi diretora-geral da agência antidoping do país.
O piloto russo Mazepin e a empresa de seu pai, Uralkali, foram expulsos da Haas e da Fórmula 1 no início do conflito na Ucrânia. No entanto, o piloto de 24 anos acaba de ter as sanções europeias, que o impediam de viajar e trabalhar na região, suspensas novamente depois que ele as contestou no Tribunal de Justiça da Europa.
Segundo os advogados de Mazepin, ele agora teria o direito de negociar com equipes de Fórmula 1 ou qualquer outra categoria de automobilismo, e receber renda relacionada a atividades de corrida e negociações com patrocinadores. Mas Antseliovich diz que pode não ser tão simples assim.
“É difícil dizer se Mazepin agora poderá negociar com equipes de Fórmula 1”, disse ela à RT. “As regras lá não são exatamente as mesmas que em outros esportes. Afinal, estamos falando de competições comerciais, não de representar a equipe nacional russa”, acrescentou Antseliovich.
Aparentemente, existem alguns acordos na F1 que não se aplicam a outros atletas, mas ela disse que as decisões repetidas do tribunal europeu no caso Mazepin, são um bom precedente para todos os outros atletas russos.
“Não é segredo que legisladores na maioria dos países, incluindo os da UE, prestam atenção a essas decisões em casos semelhantes”, disse Antseliovich. “Mas não vamos esquecer que ele estava nas listas de sanções”, finalizou a advogada.
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