A McLaren expressou insatisfação após Lando Norris receber uma punição de cinco segundos no GP dos EUA de Fórmula 1, o que o fez perder um lugar no pódio. A penalidade foi aplicada por conta de uma manobra de ultrapassagem sobre Max Verstappen, onde Norris teria obtido vantagem ao sair dos limites da pista na volta 52.
Inicialmente, a equipe acreditava que Verstappen seria o investigado, por ter forçado Norris a sair da pista na curva 12, mas os comissários concluíram que o piloto da McLaren ganhou vantagem ao completar a manobra fora dos limites estabelecidos.
Andrea Stella, chefe da McLaren, discordou da avaliação dos comissários, destacando que ambos os carros saíram da pista durante o incidente. “Nós verificamos o vídeo várias vezes e vimos que o carro defendendo a posição, no caso o de Verstappen, simplesmente vai reto na curva. Ambos os carros saem da pista. Se houve vantagem, foi para os dois”, afirmou Stella.
A equipe acreditava que o resultado da investigação seria uma punição para Verstappen, e chegaram a instruir Oscar Piastri, companheiro de equipe de Norris, a tentar reduzir a diferença de tempo para o holandês, prevendo uma possível alteração no resultado final. “Quando vi que havia uma investigação, estava certo de que era porque Max empurrou Lando para fora da pista”, disse Stella.
O chefe da McLaren também criticou a rapidez da decisão dos comissários, que não ouviram os pilotos antes de aplicar a penalidade. “Fico surpreso que os comissários não tenham achado necessário conversar com os pilotos após a corrida. A situação era incerta e eles deveriam ter se dedicado a avaliar os detalhes com mais calma”, afirmou o dirigente. “Qual a urgência em interferir no resultado da corrida em apenas 60 segundos, especialmente quando a situação é ambígua?”, questionou Stella.
Apesar da insatisfação, Stella confirmou que a McLaren não vai recorrer da decisão, afirmando que o caso está encerrado. “A decisão não pode ser apelada, então vamos encerrar esse capítulo. Esperamos que a FIA reveja o caso e que, no futuro, tenhamos uma política mais clara em relação a esses incidentes”, finalizou.