A entrada da Audi na Fórmula 1 em 2026 representa um grande desafio para a fabricante alemã, segundo o ex-piloto de F1 Allan McNish. A marca anunciou seus planos há alguns anos, visando a nova era de regulamentos técnicos que entrará em vigor a partir daquela temporada.
A estrutura da Audi contará com a liderança de Mattia Binotto, ex-chefe da Ferrari, enquanto Jonathan Wheatley assumirá o cargo de chefe de equipe a partir de abril. A fabricante alemã recentemente concluiu a aquisição total da Sauber Holding AG, consolidando seu caminho para a estreia na categoria.
McNish, que possui uma longa relação com a Audi em diversos projetos no automobilismo, incluindo a iniciativa na Fórmula 1, reconhece que alcançar o topo do grid exigirá tempo e muito trabalho. “Tudo precisa se encaixar. Não é só juntar pessoas em uma sala e esperar que tudo funcione”, declarou McNish ao site oficial da F1. Ele destacou que é essencial encontrar o equilíbrio certo entre experiência e juventude, além de motivar e posicionar as pessoas certas nas funções adequadas.
O escocês relembrou sua passagem pela Toyota durante a temporada de 2002, quando a equipe japonesa estreou na Fórmula 1. Apesar de um grande investimento, a Toyota enfrentou dificuldades para se tornar uma força competitiva no grid e acabou deixando a categoria ao final de 2009.
“Na Toyota, acho que houve dificuldades em construir tudo do zero. Sempre se aprende com cada experiência e é preciso absorver esses aprendizados para guiar os próximos passos”, afirmou McNish.
A Audi, por sua vez, entra na Fórmula 1 com uma abordagem estruturada, herdando a base da Sauber e se preparando para os desafios da categoria. No entanto, o ex-piloto alerta que o caminho até as primeiras vitórias será árduo. “Não há lugar mais difícil do que este para competir, mas é isso que nos motiva. Se você não gosta de competição, não deveria estar neste jogo.”
Com sua entrada confirmada para 2026, a Audi pretende seguir uma estratégia de longo prazo, buscando construir uma base sólida para competir no topo da Fórmula 1. A equipe terá dois anos para consolidar sua estrutura antes da estreia oficial, tempo que será crucial para alinhar expectativas e buscar o melhor desempenho possível.
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