Laurent Mekies, chefe da equipe Racing Bulls, minimizou as críticas sobre a cooperação entre sua equipe e a Red Bull Racing, um tema que gerou controvérsias no paddock da Fórmula 1. Em entrevista ao Autosport, o francês destacou que o compartilhamento de peças entre equipes não é novidade no regulamento da categoria e que a prática existe há pelo menos quinze anos.
A colaboração entre a Red Bull Racing e a Racing Bulls voltou a ser questionada devido ao domínio da equipe principal em 2023. No entanto, Mekies foi enfático ao afirmar que essa troca de componentes não oferece vantagens que possam transformar o desempenho de uma equipe intermediária em um time com potencial para disputar o título.
“Isso não é algo novo. Está no regulamento há quinze anos, e você nunca viu equipes que recebem peças de outra começarem a lutar pelo campeonato ou pelas primeiras posições. Isso nunca aconteceu”, afirmou Mekies.
Para ele, o objetivo do regulamento é justamente permitir que o grid se mantenha competitivo. Ele apontou que a diferença entre Red Bull Racing e Racing Bulls em 2024, reflete a realidade da colaboração, pois enquanto a equipe principal terminou em terceiro no campeonato de construtores com 589 pontos, a então RB ficou em oitavo, somando apenas 46 pontos.
Apesar das críticas, especialmente por parte da McLaren, que questiona a troca de componentes, a parceria entre Red Bull Racing e Racing Bulls deve se intensificar em 2025. As equipes passarão a utilizar o mesmo motor Honda, além de compartilharem o câmbio e as suspensões dianteira e traseira.
Mekies também destacou que outras equipes na Fórmula 1 utilizam práticas semelhantes. Por exemplo, McLaren, Aston Martin e Williams correram em 2024 com motores fornecidos pela Mercedes, enquanto Haas e Sauber utilizaram unidades de potência da Ferrari. A Alpine, por sua vez, foi a única equipe que desenvolveu seu próprio motor em parceria com a Renault, mas esse projeto também chegou ao fim.
Com essa perspectiva, Mekies reafirma que a cooperação técnica entre equipes não deve ser vista como algo especial ou problemático, mas como uma estratégia permitida e amplamente adotada para manter o equilíbrio e a competitividade no grid da Fórmula 1.